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“Gaydar”: nós realmente temos um radar que detecta a sexualidade dos outros?

Publicado 1 Fev 2017 – 04:00 AM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Bastante conhecido e “aplicado” pelo público LGBT, o conceito de “gaydar”, combinação de “gay” e “radar”, seria uma capacidade de detectar a orientação sexual de outra pessoa a partir de sugestões sutis.

Muitas pessoas afirmam que o tal radar gay não passa de um conjunto de estereótipos sobre homossexuais que, em grande parte, não condizem com a realidade. Mas a ciência pode indicar que o fenômeno realmente funciona de maneira prática.

Ciência prova que “gaydar” funciona de verdade

Em uma série de experimentos sobre sexualidade, o psicólogo canadense Nicholas Rule e sua equipe testaram as habilidades das pessoas em julgar a orientação sexual dos outros e chegaram à conclusão de que o “gaydar” é real. E a forma como ele funciona revela muito sobre a natureza das intuições sociais em geral.

Para chegar à conclusão, os pesquisadores encontraram quatro conjuntos de pistas não-verbais para “rotular” a orientação, chamadas de “os quatro As”: adorno, ações, acústica e aparência.

O adorno se refere à forma como as pessoas se vestem, usam os cabelos, enfim, se apresentam fisicamente para anunciarem orientação sexual, gênero, classe social e até etnia.

As pistas de ação são baseadas nos trejeitos que as pessoas exibem enquanto se movem. Os participantes da pesquisa que assistiram a vídeos de 10 segundos de pessoas se movendo foram capazes de julgar a orientação sexual do indivíduo no filme em porcentagem relevante.

A acústica diz respeito a indicações de fala que deixariam explícitas a orientação sexual de uma pessoa. Os participantes do estudo tiveram bom discernimento em identificar a orientação sexual a partir da voz do orador.

Por fim, a aparência refere-se a características faciais. Mesmo quando imagens de rostos de pessoas estavam livres dos adornos acima citados, os traços puderam transmitir aos voluntários indicações sobre a orientação sexual do sujeito retratado.

No entanto, quando se pedia que as pessoas pensassem cuidadosamente sobre seus julgamentos antes de responder, o número de acertos caiu, indicando que a atenção consciente pode interferir no processamento das intuições sociais.

Sexualidade e preconceito

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