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"O Paraíso e a Serpente" é real? 7 fatos sobre série criminal escondida na Netflix

Publicado 29 Abr 2021 – 04:22 PM EDT | Atualizado 29 Abr 2021 – 04:22 PM EDT
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Apesar de ter tido uma estreia discreta na Netflix, "O Paraíso e a Serpente" vale muito a maratona para quem gosta de boas histórias de crimes reais. A série britânica acompanha Charles Sobhraj, um criminoso que fingia ser vendedor de pedras preciosas e foi responsável por uma série de assassinatos na Ásia.

Os crimes acabaram ainda envolvendo um casal de diplomatas, que entraram em uma caçada internacional a Charles. Conheça todos os detalhes da história.

"O Paraíso e a Serpente": história real

Quem é Charles Sobrahj

Nascido no Vietnã em 1944, Charles Sobrahj começou a praticar delitos menores ainda muito jovem e acabou sendo preso pela primeira vez aos 19 anos. Foi na cadeia que a vida de golpista começou, quando ele conheceu um parceiro com quem foi morar após a prisão, antes de conhecer a futura esposa, Chantal Compagnon - retratada na série como uma personagem chamada Juliette.

Os dois tiveram uma filha juntos, mas após entrar e sair da cadeia várias vezes, o criminoso acabou abandonando as duas. Passando pelo Paquistão e pela Tailândia, os primeiros golpes maiores e, mais tarde, assassinatos começaram.

Quem era a cúmplice

Na série, vemos também a cúmplice e amante de Charles, a canadense Marie-Andree Lecrerc, que passou a aplicar os golpes junto com ele. A dupla se passava por vendedores de joias para fazer amizade com jovens viajantes. Quando conseguiam se aproximar das vítimas, Charles os drogava, matava roubava os pertences.

Quem eram as vítimas

O local de ataque dos golpistas era uma rota turística conhecida como “ trilha hippie”. Por lá, Charles acabou sendo condenado por dois assassinatos, mas a suspeita é de que ele tenha matado outras dezenas de jovens turistas. Nas entrevistas que deu após a prisão, o vigarista mostrou um desprezo profundo pelas vítimas e dizia que eram apenas “um monte de drogados”.

Os reféns

A série mostra também que Charles mantinha um jovem francês chamado Dominique como refém em sua casa, onde vivia basicamente como um escravo, forçado a trabalhar para o sequestrador e sendo drogado por ele. Apesar de “O Paraíso e a Serpente” retratar apenas Dominique, foi comprovado que Charles mantinha outros jovens como reféns.

Todos conseguiram fugir com a ajuda dos vizinhos, como a série narra, mas Dominique é o único de quem se teve notícias após a fuga, os outros realmente sumiram.

Fuga das prisões

Charles Sobhraj talvez seja um dos maiores fugitivos da história. Apesar de ter sido preso diversas vezes, o criminoso era um grande manipulador e não era incomum conquistar a confiança de funcionários da cadeia, além, claro, de subornar muita gente.

Em um dos pontos mais absurdos da história, Charles organizou uma festa, drogou os carcereiros e fugiu. Mas o plano era ainda mais elaborado: ele se deixou ser capturado novamente, sendo sentenciado por mais dez anos de prisão - este seria o tempo necessário para que seus crimes anteriores prescrevessem e, com isso, não pudesse mais ser condenado.

Investigações

Enquanto isso, Sobhraj era caçado por um diplomata holandês chamado Herman Knippenberg e pela esposa dele, Angela. Ao longo dos anos, a dupla se dedicou à reunião de provas contra o golpista e a busca tomou proporções tão grandes que tornou Charles um fugitivo internacional, procurado pela Interpol.

Como está Charles Sobhraj hoje?

Hoje, aos 77 anos, Charles está está preso em Katmandu, no Nepal, onde foi condenado por assassinato. Marie-Andree Lecrerc, a antiga cúmplice, também foi presa na década de 1980, mas morreu em uma cadeia na Índia.

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