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Fernanda Montenegro e Fernanda Torres celebram nova série juntas: "Saímos mais completas"

Publicado 3 Set 2020 – 11:27 AM EDT | Atualizado 3 Set 2020 – 11:27 AM EDT
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Com estreia marcada para 8 de setembro, a nova série da Globo “Amor e Sorte” vem em formato original para a TV: cada um dos quatro episódios foi gravado dentro das próprias casas dos atores e trará “clãs” famosos para a tela. Na estreia, Fernanda Torres e Fernanda Montenegro protagonizam uma história de mãe e filha em tempos de pandemia.

Isolada em uma casa de campo, a família foi quem cuidou de toda a produção do episódio, que é dirigido por Andrucha Waddington, marido de Fernanda Torres. Filhos e netos ajudaram a colocar de pé uma história que, segundo a atriz, é o registro de um grande momento de reconexão.

“Não convivíamos debaixo do mesmo teto há muitos anos, então neste momento que nos levou de volta, me vi muito amparada, diante de uma mulher que luta, sabe o que quer, é honesta, responsável, sensível e um ser humano cheio de talento para o que quiser na vida”, diz Fernanda Montenegro.

A atriz de 90 anos conta que o período de isolamento trouxe aprendizados para a relação das duas e que a proximidade também faz valorizar a independência. “Tudo isso é ela e ela está lá. Isso, para uma mãe, é uma comprovação de que aquele é um ser humano livre. Isso foi o que aprendi nesses meses”, comentou.

quote:“Uma hora os filhos da gente partem para suas vidas, se juntam às outras pessoas e formam um novo núcleo. Agora, nos integramos de novo, nos encontramos de uma forma muito amorosa e saímos mais completos. É uma realização artística e uma comunhão familiar”, completa a mãe.

Para a filha, o novo trabalho marca um momento histórico - para o mundo, claro, mas também para seu “álbum de família”. “A filmagem foi quase como tirar uma foto em homenagem a um momento especial da vida, como uma memória. A gente conseguiu fazer isso não com uma imagem, mas com um episódio, onde a família inteira está representada”, explica.

Série “Amor e Sorte”

Além do primeiro episódio, estrelado por mãe e filha, a nova série traz outras três histórias centradas em casais e protagonizadas, respectivamente, por Taís Araujo com Lázaro Ramos, Emílio Dantas com Fabiula Nascimento e Caio Blat com Luisa Arraes.

“O casamento pode entrar em choque, desmoronar numa convivência forçada em uma situação como essa. Mãe e filha vão sobreviver de qualquer maneira porque não existe relação mais sólida. Não importa o que acontecer, elas sempre serão mãe e filha”, ressalta Jorge Furtado, um dos autores da série.

Nesse contexto, o episódio “Gilda e Lúcia” conta a história de uma executiva que precisa isolar a mãe à força para protegê-la da pandemia. Sem concordar e nem entender muito bem o universo uma da outra, as duas redescobrem a relação dentro da quarentena.

“Esse convívio parece impossível, mas o tempo vai passando a ter influência nele. O episódio fala muito sobre isso, sobre como o ser humano tem a capacidade de se adaptar, resgatar sentimentos através do acaso. Aqui o acaso é essa pandemia que colocou as duas juntas”, explica Andrucha.

Na vida real, no entanto, os papéis se invertem um pouco e, segundo Fernanda Torres, a mãe é quem ficou mais ligada ao trabalho. “Estou cercada por workaholics”, brincou a atriz de “Os Normais”.

“Quando a pandemia veio, senti que mamãe ficou pensando, projetando o que isso significaria em termos de trabalho. Para quem diz que genro não é parente, destaco muito a importância do Andrucha porque eles têm uma ligação muito grande pelo trabalho. Desde o início, ficavam pensando no que fazer e eu, na minha quarentena ‘ostentação’, fazendo colher de pau com graveto e canivete”, completou,

Por fim, Fernanda Montenegro ressalta ainda que, quando as câmeras acendem, é o amor pela arte que guia a família. “Muito de nós a gente põe nessas personagens, mas não estou ali em função de dar conta da minha filha ou ela de mim. Nós temos uma vocação, temos um encontro de mulheres, de atrizes e, por acaso, também somos mãe e filha”, pontua.

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