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O que é real em "Chernobyl": 6 dúvidas que a série da HBO levantou sobre o acidente

Publicado 3 Jun 2019 – 09:11 AM EDT | Atualizado 3 Jun 2019 – 09:11 AM EDT
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Uma das grandes apostas da HBO para a programação de 2019, a minissérie “Chernobyl” tem conquistado fãs na TV. Inspirada na história real do maior acidente nuclear da História, a trama recria esse período, contando a história de personagens envolvidos com a tragédia e as consequências dela na vida da população.

Embora, claro, parte dos personagens e das tramas sejam ficção, muitos elementos da série são bem fiéis à realidade – incluindo pessoas importantes na política, cientistas, os efeitos da radiação entre outros detalhes.

O que é real na série "Chernobyl"

Qual foi a causa da explosão?

Assim como a série conta, as causas do acidente geraram muitas controvérsias. Relatórios oficiais da época excluíram informações importantes, que denunciavam falhas na construção dos reatores nucleares. Houve um conflito internacional sobre o excesso de informações ocultadas pela União Soviética e ficaram comprovadas as violações em procedimentos de segurança realizado pelos operadores da usina.

Para que serviam as pastilhas de iodo?

As pastilhas foram realmente um recurso utilizado para tentar amenizar os efeitos químicos do acidente. Isso porque tanto o iodo radioativo quanto o normal são absorvidos rapidamente pela tireóide. A ideia, então, era preenche-la com o iodo normal, que vinha nas pastilhas, e não deixar espaço para absorção do iodo radioativo, que é cancerígeno.

Qual foi o alcance da radiação?

Na série, vemos que a radiação chegou até a Suécia e, por mais fantasioso que pareça, isso realmente aconteceu. Em uma usina perto de Estocolmo, que fica a mais de mil quilômetros de distância, foram encontradas partículas radioativas que vieram da Ucrânia.

Foram pelo menos 30 pessoas mortas pelos efeitos diretos da explosão, além de outras milhares de vítimas de “longo prazo” pelos efeitos da radiação, que são contabilizados até hoje.

Quem foi Valery Legasov?

O personagem interpretado por Jared Harris na série existiu na vida real e teve o mesmo destino trágico. O químico cometeu suicídio alguns anos após o acidente e deixou fitas em que denunciava a pressão política que estava sofrendo.

Segundo Legasov, as autoridades soviéticas queriam que ele omitisse de seu relatório informações cruciais sobre o acidente, incluindo falhas nos reatores.

Quem foi Boris Scherbyna?

O personagem que aparece na série também é real. Scherbyna foi membro do Conselho de Ministros da União Soviética e teve participação importante no remanejamento da população. Foi ele quem coordenou a evucuação da cidade de Pripiat, que abrigava as famílias dos trabalhadores da usina – no total, cerca de 50 mil pessoas.

Execução de animais

Em uma das cenas, vemos que um esquadrão soviético começa a matar todos os animais que tiveram contato com a radiação e isso realmente aconteceu. Quando as pessoas começaram a ser retiradas do local, ninguém teve permissão para levar seus bichos de estimação e todos os animais que estavam contaminados foram sacrificados.

Os mineiros trabalharam nus?

Na série, os trabalhadores que aparecem escavando os reatores começam a tirar as próprias roupas por causa do calor que fazia dentro das minas. Antes, eles haviam pedido para que os ventiladores fossem ligados e o pedido foi negado, já que isso poderia piorar a contaminação. Essa é uma história bastante contada sobre o acidente, mas não há evidência de que realmente tenha acontecido.

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