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"Coisa Mais Linda": atrizes explicam por que você PRECISA ver a nova aposta da Netflix

Publicado 22 Mar 2019 – 01:50 PM EDT | Atualizado 22 Mar 2019 – 01:50 PM EDT
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Uma das principais apostas brasileiras da Netflix para 2019, “Coisa Mais Linda” estreia no catálogo do streaming com um elenco poderoso discutindo, em um drama de época, temas bem atuais. Em encontro realizado pela Netflix do Brasil, Maria Casadevall, Pathy Dejesus, Mel Lisboa e Fernanda Vasconcellos ressaltaram a importância de contar essa história.

Na trama, Casadevall é Maria Luiza, uma mulher que se muda de São Paulo para o Rio de Janeiro com o plano de abrir um negócio junto com o marido. Quando ele desaparece com todo o dinheiro do casal, Malu precisa se reinventar e seu caminho se cruza com o das outras três protagonistas.

“Não é uma história sobre quatro amigas. São quatro mulheres que vão se reconhecendo e se transformando com essa parceria que nasce”, disse Maria Casadevall. “A forma como elas dão as mãos faz com que elas se empoderem”, completou Mel Lisboa.

"Coisa Mais Linda" na Netflix

Mulheres que desafiam

Um dos principais pontos da série é retratar as questões na vida de mulheres que desafiam padrões – dentro de seus relacionamentos, carreiras, famílias, classes sociais. “Lígia é uma mulher que luta para existir, com sonhos que esbarram no moralismo. E ela nem percebe esses preconceitos e acaba se sufocando, batalhando pelo direito de se expressar”, explicou Fernanda Vasconcellos sobre sua personagem, que é cantora.

Já Mel Lisboa interpreta uma escritora, que trabalha em um jornal e tem um casamento aberto. “Thereza é uma mulher que já tem consciência do papel dela, de como mudar e agir na sociedade. Como um farol, mostrando às outras que mulheres podem ser quem querem, fazer o que quiserem”, disse.

Passado x presente

Apesar de se passar no finalzinho dos anos 50, é impossível não encontrar em “Coisa Mais Linda” elementos muito atuais - justamente um dos trunfos da série. “Quando temos a chance de falar de um outro tempo, as pessoas conseguem se reconhecer melhor, perceber que as diferenças entre hoje e essa época não são tão grandes quanto imaginavam”, ressaltou Maria Casadevall.

“Adélia é uma mulher negra, mãe solo, da comunidade, sem muitas opções e que tem seus sonhos limitados pela realidade social. Estamos falando de 1959 e a gente acha que muita coisa mudou, mas vemos também que muita coisa ainda precisa mudar”, disse Pathy Dejesus sobre sua personagem.

Preconceitos

Pathy aproveitou para ressaltar que as diferenças sociais e raciais também fazem parte das lutas feministas. “Se as mulheres já não tinham quase nenhum poder de fala, mulheres negra então... Não quero ficar falando sobre o quanto Adélia é forte porque alimentamos esse estereótipo de força infinita da mulher negra e eu não acredito nisso. As dores também fazem da gente mais forte, não podemos criar super-heroínas e simplesmente passar por cima disso”, refletiu.

“A série não tenta esconder que, apesar de tudo, há também esse confronto de classes. São mulheres falíveis, que erram, levam bordoadas de outras realidades e voltam para casa com o rabinho entre as pernas, pensando”, explicou Casadevall.

“Vamos juntas”

Por fim, as atrizes ressaltaram que “Coisa Mais Linda” não fala só sobre independência e o despertar de cada uma dessas mulheres, mas sim do poder da pluralidade nesse crescimento. “A gente só cresce na diversidade. Elas estavam todas em suas bolhas e o que é libertador é esse encontro”, pontuou Pathy.

A primeira temporada da série conta com 7 episódios e já está disponível na Netflix.

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