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"Carcereiros" parece uma história de terror real: 5 bons motivos para assistir à série

Publicado 26 Abr 2018 – 06:00 AM EDT | Atualizado 26 Abr 2018 – 06:00 AM EDT
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Inspirada na obra literária de Dráuzio Varella, autor de “Carandiru”, a série “Carcereiros” estreia na Globo já como uma produção premiada. Consagrada em Cannes, a série está disponível no Globoplay, streaming para assinantes, desde 2017, mas chega à televisão aberta com conteúdo novo quase um ano depois.

Misturando ficção e realidade em uma superprodução cheia de drama e violência, “Carcereiros” é a série nacional que você deveria dar uma chance por 5 bons motivos.

Crítica de "Carcereiros"

A história por trás

“Carcereiros” é inspirado em histórias reais, contadas por Dráuzio Varella em sua obra literária original. Assim, é impossível não se impressionar com a intensidade e brutalidade da verdadeira aventura vivida por Adriano dentro do presídio, tendo em mente que aquele é o cotidiano real do sistema prisional brasileiro e das pessoas que trabalham nele.

A produção da série contou com a consultoria e acompanhamento de agentes penitenciários de verdade, com décadas de experiência na área. Assim, é notável o cuidado da produção para sair da romantização e não poupar o expectador da violência real que guia a vida dos presos e dos agentes brasileiros.

Realidade x ficção

Para tornar o clima ainda mais próximo do mundo real, a história de Adriano é intercalada com o depoimento de agentes penitenciários de verdade. Assim, em vários momentos, a ficção é cortada pelas falas dos profissionais, que relatam as experiências impactantes de situações difíceis com as quais precisaram lidar.

Ótimos personagens (e elenco)

Para contar esta história, “Carcereiros” conta um elenco de ponta e personagens instigantes. O protagonista se vê dividido entre uma série de dramas, dentro e fora do trabalho. Na prisão, ele é acompanhado por outros agentes, interpretados por Tony Tornado e Ailton Graça – cada um deles apresenta conflitos e impasses que ajudam a construir o cenário caótico em que Adriano está inserido.

Do lado de fora das grades, o agente tem a esposa Janaína (Mariana Nunes), uma professora que deseja engravidar e formar uma família, ao mesmo tempo em que o dia a dia arriscado do parceiro parece tirar qualquer estabilidade para que isso possa acontecer.

Adriano tem ainda o pai, um agente aposentado que o introduziu na profissão (interpretado pelo veterano Othon Bastos) e a filha adolescente, cuja segurança é diretamente aferrada pelo envolvimento do pai com pessoas perigosas. Fazem parte desta história, também, familiares e esposas dos presos, que tornam as decisões de Adriano ainda mais difíceis.

Drama x policial

Desta forma, a série se divide bem entre a narrativa policial, cheia de ação, de resolução de conflitos violentos e perigosos com o drama pessoal da vida de Adriano. Apesar de ser o mocinho, ele está longe de ser um herói policial típico e tem condutas questionáveis em diversos momentos.

Em vários momentos, somos levados a confiar ou deixar de confiar nas decisões do personagem e, mais do que isso, entender por que ele faz o que faz e como seu trabalho arriscado interfere no modo como ele se relaciona com as outras pessoas.

Questionamentos

Com esse conjunto, “Carcereiros” convida o espectador a uma série de reflexões, principalmente nas escolhas que as pessoas fazem quando se deparam com situações extremas. Até onde vai a moral do ser humano e sua própria humanidade, o que é corrupção e falta de escolha e o principal: a cadeia é capaz de devolver pessoas à sociedade ou é só um castigo final?

Estreia com conteúdo inédito e segunda temporada

A primeira temporada ainda nem estreou na TV aberta, mas a sequência está confirmada e as gravações já começaram em uma nova prisão servirá de pano de fundo para a história do carcereiro.

Para a estreia da série na grade da emissora, a produção preparou três episódios inéditos, que não estão no catálogo do Globoplay. “Carcereiros” será exibida a partir de 26 de abril, às 22h30.

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