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"Mindhunter" fará você achar que virou CSI: 5 pontos para prestar atenção na série

Publicado 16 Out 2017 – 04:12 PM EDT | Atualizado 15 Mar 2018 – 01:40 PM EDT
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Baseada em uma história real, “Mindhunter” tem tudo para fisgar sua atenção do primeiro ao último episódio: romance, investigação, psicologia, suspense e muita (mas muita) conversa boa. Com direção de David Fincher (“O Curioso Caso de Benjamin Button”), a série extrapola o gênero policial e oferece um drama intenso. Listamos 5 pontos principais, altos e baixos, da produção da Netflix.

Crítica de “Mindhunter”

Nova visão sobre o tema

Os assassinos em série são tema comum da ficção não à toa – a mente perturbada dessa categoria de criminosos continua rendendo muita discussão. Em “Mindhunter”, Fincher conseguiu explorar um ponto de vista ainda mais criativo e instigante.

Os agentes do FBI Holden Ford (Jonathan Groff) e Bill Tench (Holt McCallany) tentam estudar e explicar o raciocínio de serial killers por meio de entrevistas com eles em que exploram todas as suas motivações e histórias de vida. Trata-se de uma verdadeira viagem em mentes cujas razões são praticamente incompreensíveis – e sinistras.

Bons protagonistas

Fora os assassinos sociopatas – que por si só já são personagens bem complexos –, os protagonistas também têm tramas paralelas que contrastam problemas que parecem muito distantes da realidade, como os crimes extremamente brutais, com questões do dia a dia, como casamento, filhos, sexualidade, carreira profissional, entre outras dúvidas e dilemas pessoais.

Holden é o típico policial idealista, que confronta o sistema e tem dificuldade de aceitar burocracias e regras inflexíveis do FBI. Especialista em ciência comportamental, o agente se dedica a estudar assassinos em série em um período em que ainda mal se falava sobre ele ou sequer se entendia esse conceito.

Ele tem ajuda do agente Tench, não muito menos idealista, mas bem mais antigo na polícia e experiente em driblar os empecilhos para levar suas missões adiante. Assim, a química entre mestre e aprendiz flui bem e coloca o público ao lado dos dois.

Boas personagens femininas

As duas personagens femininas que aparecem mais na história também são cruciais para o andamento da trama e pelo desenvolvimento do protagonista. As duas têm em comum a resistência ao FBI: acadêmicas, elas veem a polícia como uma instituição conservadora e, claramente, têm vergonha de estar envolvidas com ela de qualquer forma.

O destaque vai para a psicóloga comportamental Wendy Carr (Anna Torv), que se torna consultora do FBI e aprofunda, com uma visão científica, os mecanismos da mente de assassinos.

Muita violência sexual

É comum que as histórias de assassinos em série da vida real estejam muito ligadas à violência sexual. Estupro, humilhação e mutilação parecem estar entre as principais características de criminosos sociopatas e as vítimas, na esmagadora maioria das vezes, mulheres.

Seja pela rejeição da mãe, pela traição da companheira ou por traumas com a própria sexualidade, não é incomum que os assassinos tenham mulheres – jovens e bonitas – como principais alvos. O problema é que extrapolar nesse ponto faz com que essa violência se torne mais um pano de fundo banal do que um problema de verdade. Apesar de ser, de fato, uma motivação constante para criminosos, falta um pouco de sensibilidade ao lidar com o tema.

Muita burocracia

Baseado no livro “Mindhunter – O Primeiro Caçador de Serial Killer Americano”, a série parece trazer muito da burocracia do mundo real – às vezes, até demais. Assim, fica mais distante de outras produções do gênero, como “CSI: Investigação Criminal”, “Criminal Minds”, Law & Order”, entre outras, e tem bem menos ação.

Com ritmo mais arrastado, tudo parece ser difícil e andar devagar em “Mindhunter”. Os agentes estão sempre esbarrando em processos burocráticos e precisam de muita conversa para contorná-los. Assim, a série se apoia muito mais nos diálogos e na psicologia do que na ação e na resolução de casos propriamente ditos.

Para o público mais “agitado”, vai faltar tiro, porrada e bomba (que já adiantamos: não tem), mas os episódios vão fazer qualquer um se sentir o próprio detetive.

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