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"Handmaid's Tale" se tornou a série mais vitoriosa do Emmy 2017 por 5 bons motivos

Publicado 18 Set 2017 – 11:41 AM EDT | Atualizado 15 Mar 2018 – 02:19 PM EDT
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Este foi o ano de “The Handmaid’s Tale”. Com oitto troféus conquistados no Emmy 2017, incluindo o de Melhor Série Dramática, a disputa com “Big Little Lies” em números terminou empatada, mas definitivamente foi “Handmaid’s” quem conquistou o coração do público neste ano – e sem nem passar na televisão.

Por que "The Handmaid's Tale" conquistou Emmy?

#1 História muito original

A série é uma adaptação do livro de mesmo nome – que no Brasil recebeu o nome de “O Conto da Aia” – de 1985, da escritora canadense Margaret Atwood. A história mescla uma distopia a uma história dramática, em que as mulheres são as grandes protagonistas - e vítimas.

Os Estados Unidos foram divididos por uma Guerra Civil em um regime totalitário que tem a religião com um dos grandes pilares. Assim, as mulheres se tornaram propriedades do Estado e foram obrigadas a servir a funções específicas – graças a uma onda de infertilidade que se espalhou pelo mundo, algumas são “selecionadas” para darem filhos a homens importantes da sociedade.

Em um ritual social, essas mulheres são estupradas uma vez a cada mês, em seu período fértil, para aumentar as chances de gravidez. Para as que não "servem" à reprodução, a vida não é mais fácil: a elas, são destinados outros trabalhos, como o de criadas e cozinheiras.

#2 Ficção que conversa com a realidade

Apesar de se passar em um futuro distópico e distante do nosso mundo, a história provoca e joga com diversas analogias à desigualdade e aos preconceitos enfrentados pelas mulheres até hoje.

#3 Protagonista cativante

Assim, acompanhamos em “Handmaid’s” o drama de Offred – interpretada por Elizabeth Moss -, uma aia reprodutora, cujo próprio nome já explica qual é a sua condição. Offred vem de “Of Fred” (“de Fred”), que é o nome do homem a quem a aia pertence.

Pela perspectiva dela, conhecemos as dificuldades e as tragédias – físicas, psicológicas e mentais – que acontecem com as mulheres. É impossível não se emocionar com a inteligência e sensibilidade da protagonista que, sem saber como sair dessa situação, consegue transferir ao público (muitas vezes apenas pelo olhar) o peso da injustiça.

#4 Elenco afiado

A atuação brilhante de Elizabeth Moss é um dos pontos altos da série. Premiada no Emmy como Melhor Atriz em Série Dramática, a eterna Peggy, de “Mad Men”, dá um show de expressão e intensidade na série.

Além dela, Alexis Bledel (nossa Rory, de “Gilmore Girls”) também surpreende. Premiada como Melhor Atriz Convidada no Emmy pelo episódio “Late”, a atriz não teve uma fala sequer neste capítulo. Com olhar expressivo, Alexis constrói uma personagem de destaque sem ter que dizer muita coisa.

#5 Boa direção

Dirigido quase que exclusivamente por mulheres, “Handmaid’s” contou com um time poderoso de cineastas para contar a história. Os três primeiros episódios foram dirigidos pela iniciante Reed Morano, que já mostrou a que veio – e foi a primeira mulher em 22 anos a ser consagrada no Emmy pelo trabalho de direção.

Além disso, a série teve também a italiana Floria Sigismondi (de “Deuses Americanos” e “O Demolidor”), a australiana Kate Dennis (de “Suits”) e a canadense Kari Skogland (de “The Walking Dead”, “House of Cards” e “Penny Dreadful”).

Segunda temporada de “The Handmaid’s Tale”

Desbancando a gigante Netflix, “Handmaid’s” foi a primeira série de um streaming a ganhar o troféu mais importante da premiação. Veiculada exclusivamente pelo Hulu, que não está disponível no Brasil, a popularidade surpreendente da série já garantiu uma segunda temporada, ainda sem previsão de estreia.

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