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Promessa: vacina contra diabetes evita perda de insulina em estudo

Publicado 27 Mai 2021 – 03:23 PM EDT | Atualizado 27 Mai 2021 – 03:23 PM EDT
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Um estudo clínico liderado pela Linköping University, da Suécia, e financiado pela empresa farmacêutica Diamyd Medical investigou se a imunoterapia contra o diabetes tipo 1 pode preservar a produção de insulina do próprio corpo.

Os resultados, publicados em maio de 2021 na revista científica Diabetes Care, sugerem que a injeção de uma proteína, GAD, nos linfonodos (órgãos formados por tecido linfoide e distribuídos por todo o corpo) pode ser eficaz em um subgrupo de indivíduos.

Vacina contra diabetes evita perda de insulina

No diabetes tipo 1, o sistema imunológico do corpo ataca as células que produzem insulina. Quando as células produtoras de insulina desaparecem, o corpo não consegue mais regular o nível de açúcar no sangue e a pessoa deve tomar insulina pelo resto da vida.

De acordo com os cientistas, a vacinação com a proteína em questão poderia fazer com que o sistema imunológico se torne mais tolerante contra o GAD permita que o organismo continue a formar por conta própria alguma insulina.

"Estudos demonstraram que mesmo uma produção extremamente pequena de insulina no corpo é altamente benéfica para a saúde do paciente”, afirmou Johnny Ludvigsson, um dos autores do estudo, em comunicado oficial.

Ainda segundo o cientista, “pessoas com diabetes que produzem uma certa quantidade de insulina naturalmente não desenvolvem hipoglicemia tão facilmente”.

Para o estudo, 109 participantes com idades entre 12 e 24 anos, diagnosticados com diabetes tipo 1 nos últimos 6 meses, foram alocados aleatoriamente em dois grupos.

Um grupo recebeu três injeções de GAD-alum em intervalos de 1 mês e vitamina D em forma de comprimido, enquanto o outro grupo (controle) recebeu placebo. Nem os participantes nem os pesquisadores sabiam quais pacientes receberam o tratamento.

Entre os voluntários, aqueles que apresentavam uma variante genética conhecida como HLA-DR3-DQ2 (metade dos participantes) não perderam a produção de insulina tão rapidamente quanto os outros pacientes após a vacina. Por outro lado, não foi visto nenhum efeito significativo nos pacientes que não tinham esse tipo de HLA.

Nenhum efeito indesejado que pudesse estar relacionado ao tratamento com GAD-alum foi observado durante o estudo.

"O tratamento com GAD-alum parece ser uma maneira promissora, simples e segura de preservar a produção de insulina em cerca de metade dos pacientes com diabetes tipo 1, aqueles que têm o tipo certo de HLA”, concluiu Ludvigsson.

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