Cientistas desenvolvem tomate enriquecido para tratar Parkinson de forma mais barata
Um tomate geneticamente modificado pode ser o mais novo – e acessível – aliado no tratamento de Parkinson, doença degenerativa neurológica que pode causar tremores e lentidão nos movimentos.
Tomate com medicamento para tratar Parkinson
Desenvolvido por cientistas do Centro John Innes, na Inglaterra, o tomate enriquecido com um medicamento chamado L-DOPA (Levodopa) pode ser útil no controle do Parkinson, segundo estudo divulgado no dia 23 de novembro de 2020.
Há mais de 50 anos, o L-DOPA é o medicamento padrão para tratar o Parkinson. Normalmente, a droga é administrada em sua forma sintética, mas ela também pode ser encontrada em fontes naturais.
O L-DOPA é produzido a partir da tirosina, um aminoácido encontrado em uma grande variedade de alimentos. O que os pesquisadores fizeram foi inserir em tomates um gene que codifica a tirosinase, que é uma enzima que usa a tirosina, para construir moléculas como o L-DOPA, elevando o nível da substância no alimento.
O tomate foi a fruta escolhida pelos cientistas porque, além de já ser fonte natural de L-DOPA, também pode ser produzido em larga escala.