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Cantora acorda sem audição na véspera de Natal e descobre ter síndrome

Publicado 28 Dez 2020 – 11:22 AM EST | Atualizado 28 Dez 2020 – 11:22 AM EST
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Em seu perfil no Instagram, a cantora britânica Jessie J fez uma live para compartilhar algo bastante inconveniente: em plena véspera de Natal, ela acordou sem audição no ouvido direito e sem conseguir andar em linha reta devido a tontura – e, no hospital, foi diagnosticada com uma doença chamada Síndrome de Menière.

Jessie J é diagnosticada com Síndrome de Menière

Conforme contou na live, Jessie J teve de cancelar todos os planos que tinha para o Natal após acordar, na véspera, sem escutar de um dos ouvidos. “Eu acordei como se estivesse completamente surda do ouvido direito e não conseguia andar em linha reta”, disse ela, afirmando que imediatamente foi ao hospital para investigar o problema.

“Basicamente, me disseram que eu tenho Síndrome de Menière. [...] Eles descobriram o que era bem rápido, me deram o remédio certo e eu estou me sentindo muito melhor”, explicou a cantora, que, diz não estar conseguindo cantar muito alto ainda devido a uma sensação ruim que tem no ouvido quando o faz.

“Faz muito tempo que eu não canto e quando canto muito alto parece que tem alguém querendo correr para fora da minha orelha”, descreveu, explicando que, mesmo assim, está se sentindo relativamente bem. “Está tudo bem, poderia ser muito pior, é o que é. Estou muito agradecida pela minha saúde, isso só me surpreendeu”, afirmou ela.

Síndrome de Menière: o que é

De acordo com a Fundação Otorrinolaringologia (FORL), a Síndrome de Menière é uma doença de causas desconhecidas cujos sintomas aparecem pelo comprometimento de dois componentes localizados nos ouvidos: a cóclea (responsável pela audição) e o vestíbulo (responsável pelo equilíbrio).

Juntos, estes dois componentes formam o chamado labirinto e, quando qualquer um deles tem algum comprometimento, sintomas como tontura e zumbidos no ouvido aparecem devido ao fato de o cérebro receber informações erradas sobre a posição do corpo no espaço.

Geralmente, quadros assim são chamados popularmente de “labirintite”, mas este é apenas um termo genérico para designar qualquer doença do labirinto. A Síndrome de Menière, por sua vez, pode ser uma das causas da “labirintite”.

Sintomas

Segundo a FORL, os principais sintomas da Síndrome de Meniére são crises de vertigem – nas quais pode haver sensação de estar caindo, sendo empurrado ou flutuando –, perda ou diminuição da audição (que pode piorar ou melhorar aleatoriamente), zumbido (assovios, barulho de “motor”, etc.) e sensação de ouvido “cheio”.

Possíveis causas

Apesar de ser estudada desde o século 19, a Síndrome de Menière não tem suas causas estabelecidas, mas há, conforme explica a FORL, algumas condições pré-existentes que podem ter ligação com o surgimento deste distúrbio do labirinto. Entre elas, estão diabetes, hipertensão, reumatismo, infecções por herpes, doenças autoimunes, etc.

Além disso, acredita-se que a doença também pode ser desencadeada por questões mecânicas, como mergulhos, viagens aéreas ou acidentes que causem traumatismos na região da cabeça. Estresses agudos e problemas psicológicos também podem estar ligados ao surgimento deste problema.

Tratamento

Caso seja possível estabelecer a causa da Síndrome de Menière, tratá-la causa melhora dos sintomas, mas, quando isso não é possível, é preciso tratá-los diretamente. Para isso, utiliza-se medicamentos como vasodilatadores, moduladores de pressão, bloqueadores de canais de cálcio, anticonvulsivantes, antidepressivos, entre outros.

Além disso, há também um tratamento cirúrgico, geralmente usado como última alternativa, para quando o tratamento medicamentoso não funciona. No procedimento, é implantado um dreno no chamado saco endolinfático, que ajuda a diminuir o acúmulo do líquido que circula pelos canais do labirinto.

O tratamento correto, porém, deve ser determinado por um profissional da área da otorrinolaringologia – incluindo o melhor tipo de medicação, já que algumas classes de remédios são contraindicadas para determinados grupos de pessoas, ou são mais eficazes para certos grupos de sintomas.

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