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O que é a "ameba comedora de cérebro" que acaba de fazer uma vítima fatal nos EUA?

Publicado 7 Jul 2020 – 09:50 AM EDT | Atualizado 7 Jul 2020 – 10:12 AM EDT
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Nos últimos dias, um órgão de saúde de Hillsborough, na Flórida (Estados Unidos), emitiu um alerta à população. De acordo com eles, foi registrado na região um raro caso de morte causada por uma “ ameba comedora de cérebros”, microorganismo geralmente encontrado em água doce quente (como lagos e fontes termais) que infecta o sistema nervoso e pode ser fatal.

Caso de "ameba comedora de cérebros" na Flórida

Segundo o Departamento de Saúde de Hillsborough, na última semana, uma pessoa foi contaminada pela chamada Naegleria fowleri, ameba que, ao entrar no organismo, causa a Meningoencefalite Amebiana Primária (MAP), infecção cerebral com sintomas como febre, náuseas, dor de cabeça e rigidez na região da nuca.

Possivelmente letal, a Naegleria fowleri é, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (o CDC, principal órgão de vigilância sanitária dos Estados Unidos), “uma ameba microscópica de vida livre (organismo vivo unicelular) encontrada em água doce quente (por exemplo, lagos, rios e fontes termais) e solo”.

Este tipo de habitat é justificado pelo fato de que, para se reproduzir, a ameba precisa estar em ambientes cuja temperatura é superior a 46°C, e a única forma de contrai-la é quando a água contaminada entra pelo nariz. Uma vez nas narinas, ela avança pelos nervos olfativos, pela lâmina crivosa e, então, chega ao cérebro.

O apelido “comedora de cérebros” existe porque, ao chegar no órgão, a ameba tende a destruir o tecido cerebral (e sobreviver a uma infecção como esta é bastante improvável, visto que 97% dos casos de contaminação pelo microorganismo terminam em óbito de 10 a 12 dias após o contato com o parasita).

Casos assim, no entanto, não acontecem com frequência; de acordo com o CDC, a Meningoencefalite Amebiana Primária é considerada uma doença rara (ou seja, que afeta menos de 200 mil pessoas nos Estados Unidos. De 1962 a 2016, foram registrados apenas 143 episódios no país.

Diante do caso, o órgão de saúde da Flórida aconselha evitar atividades em águas mornas, tampar o nariz com as mãos ou usar um protetor nasal ao nadar em lagos, rios ou fontes termais e não cavar os sedimentos no fundo do lago ou rio enquanto nada no local. Ao apresentar os sintomas da infecção, é indicado buscar atendimento médico.

Doenças parasitárias

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