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Cientistas criam exame de Covid-19 capaz de prever quais pacientes ficarão em estado grave

Publicado 6 Jul 2020 – 10:23 AM EDT | Atualizado 6 Jul 2020 – 10:23 AM EDT
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Pesquisadores da Universidade de Virginia (UVA), nos Estados Unidos, criaram um exame de sangue que possibilita prever quais são os pacientes que apresentam maiores riscos de necessitar de um tratamento para COVID-19 e até mesmo quem vai ou não precisar usar respiradores artificiai .

Exame de sangue ajuda a prever gravidade da COVID-19

Conforme explica o estudo desenvolvido na UVA, o teste foi desenvolvido a partir de uma pesquisa com 57 pacientes com COVID-19 que necessitaram de respiradores para o tratamento da doença.

No estudo, os cientistas analisaram amostras de sangue dos pacientes após 48 horas do diagnóstico para COVID-19 ou da entrada do paciente no hospital. Os exames foram comparados com testes realizados em pessoas que não necessitaram de respiradores para tratar a doença.

O que se descobriu foi que os níveis de citocina, uma proteína produzida por células do sistema imunológico, podem ajudar a entender como a doença evolui no paciente. Desse modo, o teste realiza uma análise sanguínea dos níveis de diferentes citocinas no corpo.

As citocinas agem em casos de COVID-19, através do sistema imunológico, pela chamada “chuva de citocina”.

Este fenômeno já era conhecido pela comunidade médica. Normalmente, verifica-se a “chuva de citocina” em reações inflamatórias do corpo, como as alergias.

No caso da COVID-19, o que chamou atenção dos cientistas foi a liberação em grande concentração de citocinas específicas pelo corpo. No caso de pacientes que precisaram utilizar respiradores para o tratamento da doença, foram identificados altos índices da citocina IL-13, além da IL-7 e bFGF.

A pesquisa também descobriu que duas citocinas apresentavam níveis altos em pacientes que tinham níveis altos de açúcar no sangue. Essa resposta pré-inflamatória, de acordo com os pesquisadores, pode explicar por que pessoas com diabetes são associadas com os piores quadros de COVID-19: o corpo responde agressivamente à infecção.

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