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Agosto será o mês de pico de COVID-19 no Brasil, diz OMS

Publicado 1 Jul 2020 – 02:10 PM EDT | Atualizado 2 Jul 2020 – 10:24 AM EDT
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Em agosto deste ano, deverá ocorrer o pico da pandemia de COVID-19 no Brasil, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), braço da Organização Mundial de Saúde (OMS) que cuida de assuntos ligados à região.

De acordo com o órgão, o continente americano é o atual epicentro da pandemia do novo coronavírus.

Pico de COVID-19 no Brasil

De acordo com Carissa Etienne, diretora-geral da Opas, caso as medidas tomadas continuem as mesmas, o mês de agosto é esperado como o pico de casos de COVID-19 no território brasileiro e também na Argentina, Bolívia, Peru, El Salvador, Guatemala, Hondura, México e Panamá.

Já em outubro, é esperado o pico para outros países da região, como a Costa Rica, o que tornará o mês o período mais crítico para o continente de maneira geral.

“A região das Américas é, claramente, o epicentro da pademia COVID-19. As projeções que calculam a evolução dos casos para a região mostram que em 1º de outubro de 2020 haverá mais de 627 mil - o que é quase três vezes a mais do que vemos hoje em dia”, disse Carissa.

João Doria diz que SP está prestes a chegar ao platô

Se a previsão da OMS é de pico no Brasil em agosto, o governador de São Paulo, João Doria, tem uma projeção diferente para o mais populoso estado do País.

Em entrevista nesta quarta-feira (1º) à GloboNews, ele afirmou que o estado de São Paulo está muito próximo de chegar ao chamado platô nos gráficos de transmissão do vírus.

Platô é o nome dado ao momento em que a curva de um gráfico ganha um formato achatado após atingir o seu pico. Isso não quer dizer que os casos vão acabar e que a pandemia chegou ao seu fim, mas, com o achatamento da curva, a linha se torna contínua. Em termos mais práticos, com o platô, os números de casos e mortes se tornam constantes por um tempo, até que comecem a cair.

“Nós estamos muito próximos do platô, que é aquela faixa superior, e muito próximos de chegar a esse momento aqui no estado de São Paulo. Depois, dizem os especialistas, médicos, cientistas, epidemiologistas e infectologistas, que esse platô segue em uma linha horizontal e depois, na sequência, é o que nós esperamos, o decréscimo”, disse Doria em entrevista à GloboNews.

Segundo o governador, a a projeção vem dos números de novos infectados e mortes, que diminuiu na última semana.

“São Paulo teve um número menor de mortes na última semana, menos 144 da média da semana passada, ou seja, isso já é um reflexo da chegada muito próxima desse platô”, disse.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, os números de casos de confirmados para COVID-19 e mortos pela doença em São Paulo mostram que os índices permanecem altos. Porém, eles também revelam que há uma tendência de estabilidade nos registros (mesmo com crescimento da curva).

Semana 23 (31/05/2020 a 06/06/2020)

  • Novos casos: 33.406
  • Novas mortes:1.526

Semana 24 (07/06/2020 a 13/06/2020)

  • Novos casos: 32.326
  • Novas mortes:1.523

Semana 25 (14/06/2020 a 20/06/2020)

  • Novos casos: 42.912
  • Novas mortes:1.913

Semana 26 (21/06/2020 a 27/06/2020)

  • Novos casos: 49.788
  • Novas mortes:1.769

Como é possível notar nos números, o número de novas mortes já havia caído na semana epidemiológica 24, mas voltou a subir no período seguinte e, logo após, caiu novamente, desta vez de forma mais expressiva. Já a quantidade de novos casos segue aumentando. Vale lembrar que o estado de São Paulo deu início ao afrouxamento da quarentena no início de junho, mesmo com a curva epidemiológica em ascensão.

Dados do Brasil sobre a COVID-19

Motivo de preocupação para a Opas, o Brasil registra, atualmente, 60.194 mortos e 1.426.913 casos confirmados de COVID-19. Os dados são do boletim de consórcio de veículos de imprensa divulgado nesta quarta-feira (1º), às 13h.

Outros integrantes da Opas, durante a coletiva, enfatizaram a necessidade de que as medidas de controle de transmissão do vírus no País não sejam negligenciadas - ainda que a população se sinta perdida sobre o que fazer diante da pandemia.

"No Brasil, os governadores têm o poder de implementar as medidas e estão fazendo isso, mas se não há uma mensagem consistente, a população fica confusa. Estamos muito preocupados com isso", afirmou Marcos Espinal, diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis e Análise de Saúde.

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