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Homens tendem a usar menos máscara por acreditarem que podem vencer o vírus, diz estudo

Publicado 30 Jun 2020 – 03:32 PM EDT | Atualizado 30 Jun 2020 – 03:32 PM EDT
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De acordo com um estudo recente, homens são menos propensos do que mulheres a usar máscara de proteção contra a COVID-19, por acreditarem que têm menos tendência a desenvolver um quadro grave caso sejam infectados.

Homens têm menos intenção de usar máscaras

Realizado por pesquisadores da Universidade de Middlesex, no Reino Unido, e do Instituto de Pesquisas em Ciências Matemáticas, nos Estados Unidos, e publicado ainda de forma preliminar (algo chamado de “preprint”, que serve para divulgar mais rapidamente os resultados de uma pesquisa), o estudo em questão consultou 2.459 pessoas de forma online sobre a intenção que elas têm de usar máscaras faciais.

Além de testar a efetividade de diferentes mensagens que enfatizam a necessidade de se proteger contra o coronavírus, eles também observaram as diferenças entre gêneros – e descobriram que homens, além de ter menos intenção de usar máscaras do que as mulheres, associam mais sentimentos negativos ao ato, como constrangimento e a crença de que aquilo é um sinal de fraqueza.

Esta tendência, segundo os pesquisadores, está diretamente relacionada a como as pessoas acreditam que reagiriam ao vírus, e a maioria dos homens da amostra avaliada pelo estudo crê que não desenvolveria um quadro grave caso contraíssem o novo coronavírus. Isso, porém, desafia estatísticas: conforme expõe o estudo, homens são mais gravemente afetados pela COVID-19 do que as mulheres.

A diferença entre os gêneros, no entanto, é maior nos locais em que o uso de máscara não é obrigatório. Já nos locais onde foi instituído o uso mandatório das máscaras faciais de proteção, a intenção de uso é menos discrepante – algo que indica, segundo os estudiosos, que estabelecer uma norma concreta para o uso de máscaras pode ocasionar, entre outros fatores, um “desprezo” menor ao item por parte dos homens.

Citando outros estudos prévios, a pesquisa afirma ainda que isso se repetiu durante as pandemias da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) em 2002 e da Gripe Suína (H1N1) em 2009. A importância de levantar estas questões, para os cientistas responsáveis pelo estudo, está no fato de que elas facilitam a criação de medidas direcionadas a quem tem menos intenção de usar as máscaras (ou seja, homens).

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