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Cachorros serão treinados para detectar COVID-19 em pacientes assintomáticos

Publicado 23 Jun 2020 – 03:08 PM EDT | Atualizado 23 Jun 2020 – 03:08 PM EDT
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Em meio à luta contra a pandemia de COVID-19, muitas iniciativas estão buscando novas formas de diagnosticar casos – e até os animais estão ajudando nisso. É o caso, por exemplo, da organização britânica Medical Detection Dogs, que já treina animais para fins médicos e, agora, vai começar a treinar os bichinhos para que eles detectem a presença do novo coronavírus até em pessoas assintomáticas.

Cães serão usados no diagnóstico de COVID-19

Apesar de não ser algo comum de se ver, há cães que são especificamente treinados para identificar a presença de doenças nas pessoas apenas pelo cheiro, serviço oferecido pelo órgão britânico. Além da possibilidade de eles detectarem câncer, males neurológicos e até malária, porém, agora os animais também estão sendo treinados para ajudar no diagnóstico de COVID-19 – e eles devem ser capazes de fazê-lo mesmo quando a pessoa não tem sintomas.

De acordo com o site, a técnica parte do princípio (cientificamente comprovado, segundo a instituição) de que toda doença tem um odor específico e, por terem cerca de 300 milhões de receptores olfativos no nariz, cães têm a habilidade de sentir este cheiro. Isso, por sua vez, chamou a atenção do governo britânico, e a Medical Detection Dogs trabalhará em parceria com outras instituições para ajudar no combate à pandemia de COVID-19.

“A meta é de que nossos cães detectores de COVID-19 sejam capazes de rastrear, sem contato físico, qualquer indivíduo, incluindo aqueles assintomáticos, e indicar aos treinadores se detectaram ou não o vírus da COVID-19. Isso será então confirmado por um exame médico. Isso seria rápido, efetivo e não invasivo, além de assegurar que os recursos de teste do NHS [serviço nacional de saúde britânico] sejam usados apenas quando necessário”, afirma o órgão.

Uma vez que o processo inicial se prove devidamente eficaz, a ideia é fazer uso da habilidade dos cães em locais públicos como aeroportos e eventos esportivos, proporcionando um “exame” em larga escala sem necessidade de se realizar procedimentos invasivos em massa. Além disso, eles também podem ajudar com dados estatísticos, indicando, por exemplo, a porcentagem de pessoas infectadas viajando de um lugar para outro.

No treino, cães terão contato com itens infectados, indicando em quais deles sentem o cheiro da doença e, posteriormente, fazendo o mesmo com pessoas. Para o “exame” em si, a ideia é que nem os cachorros nem os treinadores tenham contato direto com as pessoas, e que a “examinação” seja feita em amostras, como uma máscara usada pelo possível paciente ou qualquer item que guarde o odor da pessoa.

Por enquanto, o órgão ainda não iniciou os testes e, conforme começarem, levará cerca de três meses para que os cães passem de detectar o vírus em amostras e comecem a detectá-lo em pessoas – e, sendo assim, a previsão geral é a de que os animais comecem a ser disponibilizados para o uso proposto em menos de seis meses.

Iniciativas inovadoras contra COVID-19

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