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São Paulo anuncia que irá produzir "Coronavac", vacina contra o coronavírus

Publicado 11 Jun 2020 – 01:12 PM EDT | Atualizado 11 Jun 2020 – 01:12 PM EDT
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O estado de São Paulo anunciou que vai iniciar testes e uma sequência de produção de vacina contra o coronavírus (SARS-Cov-2). A informação foi dada em coletiva de imprensa. Segundo o governador João Doria, a previsão é de que as vacinas sejam produzidas até junho de 2021.

Vacina contra o coronavírus será testada e produzida em SP

Durante coletiva de imprensa, Doria anunciou uma parceria entre o Instituto Butantã e o laboratório chinês Sinovac Biotech para a produção de uma vacina contra o coronavírus.

A Sinovac é um dos laboratórios que estão com as pesquisas para a vacina em estágio mais avançado no mundo. Ao todo, 136 pesquisas acontecem para descobrir uma vacina contra o coronavírus, mas apenas 10 avançaram até o chamado estágio clínico — ou seja, testes em humanos.

Batizada de Coronavac, a vacina da Sinovac já passou pelas fases 1 e 2 desta etapa, com testes feitos em 1.000 voluntários na China. A ideia, agora, é realizar a fase 3, nas próximas semanas, em 9 mil voluntários aqui no Brasil.

Se tudo correr bem, a vacina avança para a fase 4, quando acontece a produção em larga escala — o que deve ocorrer por aqui até o fim do primeiro semestre de 2021, já que um acordo de transferência de tecnologia foi feito entre o Instituto Butantã e a Sinovac.

“Os estudos indicam que a vacina estará disponível até junho de 2021. Nas próximas três semanas, 9 mil voluntários serão testados com a vacina. Comprovada a eficácia do produto, o Instituto Butantã vai ter a tecnologia da vacina e ela poderá ser produzida em larga escala no país”, disse Doria.

O diretor do Instituto Butantã, Dimas Covas, explicou como deve funcionar a vacina. “A nossa parceria é com a Sinovac, que é uma vacina de vírus inativado (...) Um coronavírus é introduzido em uma ‘célula-zero’, essa célula é cultivada em laboratório, o vírus se multiplica. No final, o vírus é inativado e incorporado na vacina”, explicou Covas.

Segundo o pesquisador, o Instituto Butantã tem domínio sobre o mecanismo de uso das chamadas “célula-zero”, o que seria uma vantagem.

“O Butantã produz a sua vacina contra a dengue nessa tecnologia. Então nós já conhecemo, temos capacidade produtividade. Daí a oportunidade do acordo.”

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