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Muita gente teve piora do melasma na quarentena e há explicação: médica esclarece

Publicado 15 Abr 2020 – 12:25 PM EDT | Atualizado 16 Abr 2020 – 12:23 PM EDT
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Na rotina habitual, passar protetor solar antes de sair de casa já é algo de que muita gente se esquece – e durante a quarentena estabelecida para reduzir as transmissões de COVID-19, é de se esperar que ninguém esteja usando o produto para ficar em casa. Segundo especialistas, porém, isso é essencial, especialmente para quem está trabalhando em esquema de home office ou para quem tem ficado mais diante do celular.

Luz de telas também prejudica a pele

Embora muita gente ache que o protetor solar serve apenas para proteger a pele da luz do Sol, Angélica Pimenta, dermatologista e tricologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), afirma que ele também oferece proteção contra a chamada luz visível, ou seja, aquela que provém de lâmpadas e aparelhos eletrônicos.

Segundo a médica, a exposição prolongada a este tipo de luz pode, a longo prazo, trazer malefícios como o envelhecimento da pele, melasma e eventualmente até uma degeneração do DNA, possibilitando o surgimento de câncer – e, durante um período em que as pessoas estão dependentes de aparelhos eletrônicos para trabalhar e socializar, além de menos atentas aos cuidados com a pele, isso tende a piorar.

“Nos atendimentos online via telemedicina que tenho feito com pacientes com melasma, mais de 50% deles relataram aumento significativo das lesões e manchas da doença. Isso é muito comum de acontecer, já que os pacientes estão ficando mais tempo na frente de dispositivos móveis”, explica a dermatologista. Com isso, portanto, é preciso adotar alguns cuidados.

Protetor solar ou fotoprotetor oral

De acordo com a dermatologista, é essencial que, mesmo estando o tempo todo dentro de casa, as pessoas sigam aplicando um bom filtro solar, de preferência do tipo físico. “O filtro precisa ser físico, ou seja, aqueles compostos por minerais que fazem com que a radiação bata na pele e reflita”, afirma ela.

Em momentos normais, Angélica afirma que o protetor deve ser aplicado de manhã e reaplicado outras duas vezes ao longo do dia, mas agora diante da exposição maior à luz visível, essa frequência da reaplicação deve aumentar. "Recomendo repassar o protetor solar normal ou com cor, de duas em duas horas", afirma ela.

Já para quem tem melasma – condição caracterizada pelo surgimento de manchas escuras na pele, mais frequentemente em mulheres –, a médica recomenda o uso de fotoprotetor oral. “A indicação do fotoprotetor depende do tipo de melasma, por isso a importância de consultar o dermatologista”, afirma, ressaltando que a automedicação é arriscada.

Cuidado com as telas

Especialmente para quem tem condições como o melasma, Angélica recomenda cuidado com as telas. Segundo ela, é aconselhável, por exemplo, manter o brilho do display do celular e do computador em uma intensidade relativamente baixa durante o uso. Para quem está fazendo muitas videochamadas, a recomendação da médica é usar fones de ouvido para não ter de ficar tão perto da tela o tempo todo. Além disso, é interessante regular o tempo gasto sob esse tipo de luminosidade.

Cuidados com a saúde na quarentena

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