null: nullpx
Coronavírus-Tasaudavel

Por quanto tempo a pessoa com COVID-19 transmite o coronavírus?

Publicado 27 Mar 2020 – 03:04 PM EDT | Atualizado 27 Mar 2020 – 03:04 PM EDT
Compartilhar

A atual pandemia do novo coronavírus levanta dúvidas e nos faz recorrer a diferentes métodos para tentar prevenir o vírus e proteger as pessoas próximas a nós. Uma destas dúvidas diz respeito ao tempo que leva para uma pessoa infectada deixar de transmitir o vírus e poder voltar a ter contato, por exemplo, com familiares que moram na mesma casa.

Transmissão do novo coronavírus: como acontece?

Presente principalmente em secreções das vias respiratórias, mas também em fezes e urina, o SARS-CoV-2 é transmitido de humano para humano através de gotículas emitidas pelo nariz ou boca que se espalham quando uma pessoa com COVID-19 tosse ou espirra.

Estas secreções podem tanto atingir as vias respiratórias de pessoas saudáveis, transmitindo a doença, como ficar em objetos e superfícies e, quando outras pessoas encostam neles e então levam as mãos aos olhos, nariz ou boca, contraem o vírus.

É por isso que é tão importante manter uma distância de cerca de um metro de pacientes contaminados e também lavar as mãos constantemente. Celulares e outros objetos do dia a dia também pode ser um meio de transmissão do novo coronavírus e devem ser higienizados.

Além disso, em casos menos frequentes, o vírus pode ser transmitido pelo contato com secreções e excretas (como fezes e urina) de pacientes contaminados.

Por quanto tempo uma pessoa transmite o coronavírus?

De acordo com o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças da União Europeia, o período de incubação do SARS-CoV-2 é entre 2 e 14 dias.

Ou seja: este é o intervalo esperado entre a exposição de uma pessoa ao vírus e o início dos sintomas de COVID-19 (tosse e febre, nos casos mais comuns, e falta de ar nos mais graves, entre outros).

Segundo o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC), é na segunda semana da infecção que existe o maior perigo de transmissão.

A recomendação da CDC, porém, é que pessoas que tenham contraído o vírus limitem suas interações e fiquem em casa de quarentena por pelo menos 10 dias após a febre ter sumido completamente - período em que todos os sintomas de COVID-19 terão desaparecido completamente e a possibilidade de transmissão também.

Entretanto, vale lembrar que nem todo mundo vai desenvolver sintomas ao contrair a COVID-19, o que torna este controle muito mais difícil. Esta é uma das razões pelas quais o isolamento social é tão importante para conter a disseminação do coronavírus.

Como se proteger do SARS-CoV-2

A recomendação de agências sanitárias, entre elas a Organização Mundial de Saúde (OMS), para diminuir as chances de contágio são:

  • Higienize as mãos com sabão e água regularmente;
  • Na impossibilidade de lavar as mãos, use álcool gel ou álcool líquido 70%;
  • Mantenha ao menos 1 metro de distância de pessoas que estejam tossindo ou espirrando;
  • Evite levar as mãos aos olhos, nariz e boca;
  • Etiqueta respiratória: tussa ou espirre na parte interna do cotovelo ou use um lenço, descartando-o imediamente;
  • Evite contato com pessoas com doenças respiratórias;
  • Se tiver dificuldade para respirar, procure um médico imediatamente;
  • Se tiver sintomas brandos de gripe, fique em casa em isolamento;
  • Higienize celulares, carteiras e demais objetos similares de manuseio cotidianos.

O distanciamento social foi uma das recomendações não só do Ministério da Saúde do Brasil como de inúmeros governos ao redor do mundo.

Segundo especialistas, o isolamento social não só é crucial para conter os estragos causados pelo vírus, como deve ser feito por toda a população, e não apenas os idosos, grupo mais suscetível a desenvolver a forma grave da doença e com maior risco de morte.

“A ideia é distanciar pessoa doentes das que estão suscetíveis ao vírus, especialmente as de maior risco. Quando fazemos isso, a epidemia não vai deixar de circular completamente, porque é impossível zerar as interações. Mas o número de casos vai ser menor, assim como o pico, e não sobrecarregamos o nosso sistema de saúde”, diz o infectologista João Prats, da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Coronavírus

Compartilhar

Mais conteúdo de interesse