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5 remédios estão sendo testados no combate à Covid-19: veja como agem contra a infecção

Publicado 19 Mar 2020 – 01:36 PM EDT | Atualizado 19 Mar 2020 – 01:36 PM EDT
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Com a pandemia da Covid-19, doença causada pelo coronavírus, pesquisadores do mundo todo estão se mobilizando para encontrar vacinas e tratamentos. Testes para novos medicamentos e novos usos para remédios já existentes costumam levar bastante tempo, já que existem muitas etapas de segurança envolvidas.

Mesmo assim, algumas drogas já mostraram resultados promissores - a comunidade científica, no entanto, pede muita cautela. Veja abaixo algumas pesquisas que estão sendo feitas:

Remédios testados contra o coronavírus

Avigan

De acordo com o Centro de Informações da China, uma pesquisa realizada no país obteve resultados positivos com o remédio favipiravir, mais conhecido como Avigan. O medicamento é produzido no Japão para tratar gripes.

Zhang Xinmin, diretor de uma dos órgãos do Ministério da Ciência e Tecnologia da China, afirmou em coletiva de imprensa que o Avigan se mostrou eficaz contra a Covid-19 e sem reações adversas aparentes.

A NHK, emissora pública japonesa, reportou que foram feitas duas pesquisas: uma com 240 pacientes e outra com 80.

As conclusões apontaram que aqueles que usaram o remédio tiveram resultado negativo para o coronavírus em cerca de quatro dias depois do diagnóstico. Os que não usaram tiveram que esperar 11 dias.

Por ser segura, os oficiais recomendaram a incorporação da droga no tratamento contra a doença. Vale dizer que o Avigan não está disponível no Brasil e não possui registro na Anvisa.

Hidroxicloroquina

Também conhecida como Plaquenil, é um remédio produzida pela Sanofi, empresa francesa, para tratar alguns tipos de malária. Atualmente, a droga é mais usada como maneira de prevenir a doença do que de fato tratá-la.

Em um texto publicado na revista científica Nature, pesquisadores chineses contaram que a droga pode inibir de maneira eficiente a infecção pelo coronavírus, o que atenuaria a resposta inflamatória de pacientes infectados. Os estudos, no entanto, não foram clínicos - não foram realizados em humanos nem em animais.

Por ser uma opção de baixo custo e com possibilidade de produção em larga escala, os cientistas estão investigando melhor as ações do medicamento no organismo, já que, em altas doses e uso prolongado, pode causar intoxicação.

Remdesivir

O medicamento é novo e, antes da pandemia, o foco principal dos cientistas era testar sua eficácia contra o ebola. O remdesivir é da companhia biofarmacêutica estadunidense Gilead.

Um artigo que reporta o primeiro caso da Covid-19 nos Estados Unidos, publicado no periódico “ The New England Journal of Medicine”, diz que o paciente usou o remédio quando estava com uma pneumonia séria e teve uma melhora significativa no dia seguinte, sem efeitos adversos observáveis.

Os pesquisadores são enfáticos ao dizer que a melhora de um só paciente não prova a eficácia do medicamento, que agora está sendo testado em cinco pesquisas clínicas.

Lopinavir–Ritonavir

A combinação, que já é usada há bastante tempo, é destinada ao tratamento de infecção por HIV. Em seu primeiro teste clínico, realizado na China, a medicação mostrou “resultados desapontantes”, como escreveram os pesquisadores em um artigo publicado no “ The New England Journal of Medicine”.

Os cientistas reportaram que não houve melhora na taxa de sobrevivência dos pacientes nem no tempo de recuperação. No entanto, os pesquisadores observaram que, dos 199 pacientes da pesquisa, 22% morreram.

A alta taxa, observada tanto em quem recebeu o medicamento quanto em quem recebeu o tratamento padrão, pode indicar que os participantes já estavam muito doentes.

Como essa seria uma opção barata e com possibilidade de produção em larga escala, os cientistas ainda não descartaram a combinação. Além disso, ela também pode ser testada com outros medicamentos e pacientes em diferentes estágios da doença.

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