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Órgãos de saúde alertam: shot de imunidade não protege contra COVID-19

Publicado 18 Mar 2020 – 12:51 PM EDT | Atualizado 18 Mar 2020 – 12:51 PM EDT
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Entre as fakes news que circulam sobre o novo coronavírus (Sars-Cov-2), uma delas diz respeito a um shot de imunidade que promete proteger o organismo contra a doença.

A Sociedade Brasileira de Infectologia e o Ministério da Saúde, porém, repudiam a técnica e explicam que a estratégia não é eficaz no combate ao COVID-19.

Shot de imunidade não deve ser usado para COVID-19

Após a identificação do Sars-Cov-2, informações falsas sobre o vírus e sobre métodos de prevenção passaram a surgir na internet.

O caso mais recente é o vídeo de um suposto médico (sem nome ou especialização identificadas) falando sobre a necessidade da vitamina D para fortalecer a imunidade do corpo.

Ao longo do vídeo, o médico orienta que pessoas que não podem tomar sol e, assim obter vitamina D naturalmente, suplementem o corpo por meio de doses concentradas da substância.

Pelas redes sociais, é possível encontrar outros conteúdos similares ao vídeo do médico. São receitas, por exemplo, de produtos que prometem ajudar o corpo a se proteger contra o Sars-Cov-2, como os shots de imunidade com mel, própolis, limão, gengibre e outros ingredientes.

Órgãos de saúde desmentem fake news sobre COVID-19

A alta repercussão dessas receitas milagrosas fez o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Infectologia se pronunciarem sobre o caso.

Em sua página dedicada a fake news, o MS desmentiu as informações fornecidas pelo médico.

A Sociedade Brasileira de Infectologia também se manifestou sobre as informações em relação ao conteúdo do vídeo do médico.

A SBI alerta a população que jamais publicou informações sobre o reforço de imunidade como a única estratégia preventiva contra a infecção pelo coronavírus (Sars-Cov-2), tampouco que "a imunomodulação usando vitamina D em dose alta e injetável’" seja eficaz, já que não há evidências científicas de que este procedimento previna contra a infecção pelo novo coronavírus.

Ozonioterapia também não tem eficácia comprovada

Em outro comunicado, a SBI também cita uma fake news sobre ozonioterapia que circulou pela internet sobre a eficácia da terapia na prevenção de infecção pelo novo coronavírus (COVID-19).

“Até o presente momento, não há qualquer evidência científica que a ozonioterapia proteja contra a COVID-19.”

Prevenção e tratamento para o coronavírus

Ainda não existe um medicamento específico para o novo coronavírus. O que é indicado para pacientes que contraiam o COVID-19 é repouso e ingestão de líquidos, além de medidas para aliviar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos.

Nos casos de maior gravidade com pneumonia e insuficiência respiratória, suplemento de oxigênio e mesmo ventilação mecânica podem ser necessários.

Para a prevenção da infecção do vírus, medidas como:

  • Higienize as mãos com álcool, sabão e água regularmente;
  • Mantenha-se a um metro de distância de pessoas que estejam tossindo ou espirrando;
  • Evite levar as mãos aos olhos, nariz e boca;
  • Ao tossir ou espirrar, cubra o rosto com a parte interna do cotovelo ou use um lenço - e fazer uma higienização imediatamente, assim como jogar o material fora;
  • Evite contato com pessoas com doenças respiratórias;
  • Se tiver febre, tosse ou dificuldade de respirar, procure um médico imediatamente e divida com ele o histórico de viagem.

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