Órgãos de saúde alertam: shot de imunidade não protege contra COVID-19
Entre as fakes news que circulam sobre o novo coronavírus (Sars-Cov-2), uma delas diz respeito a um shot de imunidade que promete proteger o organismo contra a doença.
A Sociedade Brasileira de Infectologia e o Ministério da Saúde, porém, repudiam a técnica e explicam que a estratégia não é eficaz no combate ao COVID-19.
Shot de imunidade não deve ser usado para COVID-19
Após a identificação do Sars-Cov-2, informações falsas sobre o vírus e sobre métodos de prevenção passaram a surgir na internet.
O caso mais recente é o vídeo de um suposto médico (sem nome ou especialização identificadas) falando sobre a necessidade da vitamina D para fortalecer a imunidade do corpo.
Ao longo do vídeo, o médico orienta que pessoas que não podem tomar sol e, assim obter vitamina D naturalmente, suplementem o corpo por meio de doses concentradas da substância.
Pelas redes sociais, é possível encontrar outros conteúdos similares ao vídeo do médico. São receitas, por exemplo, de produtos que prometem ajudar o corpo a se proteger contra o Sars-Cov-2, como os shots de imunidade com mel, própolis, limão, gengibre e outros ingredientes.
Órgãos de saúde desmentem fake news sobre COVID-19
A alta repercussão dessas receitas milagrosas fez o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Infectologia se pronunciarem sobre o caso.
Em sua página dedicada a fake news, o MS desmentiu as informações fornecidas pelo médico.
A Sociedade Brasileira de Infectologia também se manifestou sobre as informações em relação ao conteúdo do vídeo do médico.
A SBI alerta a população que jamais publicou informações sobre o reforço de imunidade como a única estratégia preventiva contra a infecção pelo coronavírus (Sars-Cov-2), tampouco que "a imunomodulação usando vitamina D em dose alta e injetável’" seja eficaz, já que não há evidências científicas de que este procedimento previna contra a infecção pelo novo coronavírus.
Ozonioterapia também não tem eficácia comprovada
Em outro comunicado, a SBI também cita uma fake news sobre ozonioterapia que circulou pela internet sobre a eficácia da terapia na prevenção de infecção pelo novo coronavírus (COVID-19).
“Até o presente momento, não há qualquer evidência científica que a ozonioterapia proteja contra a COVID-19.”
Prevenção e tratamento para o coronavírus
Ainda não existe um medicamento específico para o novo coronavírus. O que é indicado para pacientes que contraiam o COVID-19 é repouso e ingestão de líquidos, além de medidas para aliviar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos.
Nos casos de maior gravidade com pneumonia e insuficiência respiratória, suplemento de oxigênio e mesmo ventilação mecânica podem ser necessários.
Para a prevenção da infecção do vírus, medidas como:
- Higienize as mãos com álcool, sabão e água regularmente;
- Mantenha-se a um metro de distância de pessoas que estejam tossindo ou espirrando;
- Evite levar as mãos aos olhos, nariz e boca;
- Ao tossir ou espirrar, cubra o rosto com a parte interna do cotovelo ou use um lenço - e fazer uma higienização imediatamente, assim como jogar o material fora;
- Evite contato com pessoas com doenças respiratórias;
- Se tiver febre, tosse ou dificuldade de respirar, procure um médico imediatamente e divida com ele o histórico de viagem.