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OMS volta atrás e afirma que não há restrição para uso de Ibuprofeno para COVID-19

Publicado 19 Mar 2020 – 10:16 AM EDT | Atualizado 19 Mar 2020 – 10:32 AM EDT
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Após a publicação de um estudo que mostra efeitos negativos de corticoides e anti-inflamatórios, como o Ibuprofeno, no tratamento de COVID-19, e na contraindicação de seu uso por órgãos de saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) voltou atrás em sua recomendação na última quarta-feira (18) e afirmou que não há evidências suficientes que comprovem que o medicamento possa agravar a situação de pacientes infectados com SARS-Cov-2, o novo coronavírus.

OMS retira alerta contra Ibuprofeno

Ainda sem tratamento específico, o COVID-19 tem sido tratado com medicamentos que aliviam os sintomas da doença – como tosse e febre. Porém, recentemente, o ministro da Saúde francês, Olivier Véran, fez um alerta contra corticoides e medicamentos anti-inflamatórios, como o Ibuprofeno, neste processo.

A fala do ministro se baseia em um estudo divulgado pelo periódico científico “The Lancet”, que afirma que tais medicamentos têm interação negativa com o coronavírus por aumentar a concentração de uma enzima específica e, consequentemente, ajudar o vírus a ligar-se às células-alvo, prolongando a permanência dele no corpo.

Diante disso, a OMS chegou a emitir um alerta contra o uso de Ibuprofeno em casos de febre e dor causados pelo novo coronavírus, afirmando que seria mais indicado utilizar Paracetamol. Alguns dias depois, no entanto, o órgão recuou da decisão e, em nota publicada no perfil oficial do Twitter, afirmou ter revisado a literatura sobre o medicamento, afirmando não haver riscos nem contraindicações. Leia o comunicado na íntegra:

" A OMS está ciente das preocupações acerca do uso de Ibuprofeno para o tratamento de febre em pessoas com COVID-19. Nós estamos consultando médicos que estão tratando os pacientes e não estão cientes de registros e efeitos negativos além dos usuais, que limitam o uso [do remédio] em algumas populações.

No presente momento, baseada em informações disponíveis até agora, a OMS não contraindica o uso do Ibuprofeno. A OMS não está ciente de dados clínicos ou de base populacional sobre este tópico".

O que diz o Ministério da Saúde

A última recomendação emitida pelo Ministério da Saúde do Brasil sobre o assunto, na manhã desta quinta-feira (19), segue a recomendação de substituir o Ibuprofeno por outros analgésicos, como Paracetamol e Dipirona, ainda que não haja evidências científicas, segundo o órgão.

"Possíveis agravamentos na condição clínica de pacientes graves com coronavírus, ou seja, com dificuldades respiratórias, foram levantados por outros países, como França, Espanha e Inglaterra. É imprescindível que essa substituição ocorra com recomendação médica", salienta o MS, em nota enviada ao VIX na noite de quarta (18).

Porém, o órgão reforça que medicamentos já utilizados para o tratamento de hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares não devem ser suspensos, já que isso poderia agravar tais condições. "É importante que o paciente busque orientação de um profissional de saúde", reforça.

O que é Ibuprofeno?

O Ibuprofeno é um ativo presente em inúmeros medicamentos voltados para o alívio de dores e febre, como remédios indicados para cólica menstrual e dor de cabeça. Além do ativo em si comercializado em cápsulas, outros remédios que têm Ibuprofeno são:

  • Advil
  • Algi-Reumatril
  • Algy-Flanderil
  • Alivium
  • Aludor
  • Artril
  • Atrofem
  • Buprovil
  • Buscofem
  • Capsfen
  • Dalsy
  • Donosor
  • Doraliv
  • Doraplax
  • Febsen
  • Ibuflex
  • Ibufran
  • Ibuliv
  • Ibupril
  • Ibuprofan
  • Ibuprofeno-Iquego
  • Ibupromed
  • Ibuprotrat
  • Ibuvix
  • Lombalgina
  • Motrin
  • Novalfem
  • Otiun
  • Parantrin
  • Spifufen
  • Uniprofen
  • Vantil

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