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Mulher com sintomas de coronavírus em MG é monitorada; ministério sobe nível de alerta

Publicado 28 Jan 2020 – 12:32 PM EST | Atualizado 28 Jan 2020 – 12:41 PM EST
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Uma mulher de 22 anos está sendo monitorada, em Minas Gerais, com sintomas de coronavírus. A informação foi divulgada pela Secretaria de Saúde do estado nesta terça-feira (28).

Minas Gerais monitora caso de coronavírus

Na última sexta-feira (24), a UPA Centro Sul de Belo Horizonte recebeu a paciente com alguns sintomas respiratórios e febre baixa. Atualmente, a paciente segue recebendo atendimento no Hospital Eduardo de Menezes (HEM), referência em doenças infectocontagiosas, e passa bem. Pessoa próximas à paciente também estão sendo monitoradas.

De acordo com nota do governo de Minas, a mulher esteve recentemente em Wuhan, na China, cidade onde foram identificados os primeiros casos do novo coronavírus. Por apresentar os critérios estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério de Saúde, o caso foi notificado à pasta do governo federal como suspeito de coronavírus e segue em investigação.

Com o caso suspeito, o Ministério da Saúde elevou o nível de alerta para o coronavírus no Brasil de 1 para 2, que indica perigo iminente, em uma escala que vai até 3.

Critérios para suspeita de coronavírus

Após a OMS passar a classificar o risco do coronavírus em nível global como "elevado", segundo atualização do relatório da organização, o Ministério da Saúde passou a se valer de outros critérios para considerar casos como suspeitos.

Primeiro, é preciso que a pessoa apresente sintomas da doença (como febre, tosse e dificuldade para respirar). Além disso, o paciente precisa ter viajado para área com transmissão ativa do vírus (que agora engloba a China como um todo, não mais só para Wuhan, o epicentro do caso) nos últimos 14 dias antes do início dos sintomas.

Coronavírus: sintomas

Desde 31 de dezembro de 2019, uma nova cepa de coronavírus, batizada de 2019-nCoV, começou a se propagar pela Ásia. Até o momento, o vírus já contaminou 4.515 pessoas em 13 países e causou a morte de 106.

Segundo o Ministério da Saúde, são três os principais sintomas:

  • Febre
  • Tosse
  • Dificuldade para respirar

Os sinais são semelhantes a um resfriado comum. Em casos mais graves, a infecção leva à pneumonia, síndrome respiratória aguda grave, insuficiência renal e morte.

Cuidados com o coronavirus

Diante da descoberta da nova cepa e dos casos que vêm sendo descobertos globalmente, recomendações da OMS em parceria com autoridades governamentais estão sendo repassadas para ajudar a população a prevenir a propagação do vírus e assegurar o bem-estar.

Transmissão

A suspeita inicial é de que o novo coronavírus tenha começado com uma transmissão de animal para seres humanos. Porém, a OMS já tem conhecimento de um paciente que se contaminou com 2019-nCoV através de outro paciente com o novo coronavírus. O primeiro caso de transmissão de uma pessoa para a outra foi registrado em Taiwan.

Quando há transmissão de humano para humano, ela ocorre via gotículas respiratórias (espirro ou tosse), similarmente a outras doenças respiratórias.

Assim, a recomendação da OMS em conjunto com o Ministérios da Saúde para assegurar a propagação da doença é:

  • higienizar as mãos com álcool, sabão e água;
  • ao tossir ou assoar o nariz, cobrir o rosto ou lenço - e fazer uma higienização imediatamente, assim como jogar o material fora;
  • evitar contato com pessoas com doenças respiratórias;
  • se tiver febre, tosse ou dificuldade de respirar, procure um médico e divida com ele o histórico de viagem;
  • ao visitar mercado com animais vivos e histórico da doença, evite contato com animais;
  • evitar contato com animais de fazenda ou criação;
  • evitar o consumo de alimentos crus ou mal cozidos.

Viagens à China

Em entrevista coletiva à imprensa, representantes do Ministério da Saúde recomendaram que viagens à China sejam realizadas apenas em caso de necessidade.

"Estamos preparando um material impresso, em conjunto com a Anvisa, para todos os passageiros que chegam da Ásia e Europa com informações necessárias para prevenção", explica João Gabbardo, secretário executivo do Ministério da Saúde e ministro em exercício.

Vacina

Ainda não existe uma vacina para o 2019-nCoV. Por ser uma doença nova, o medicamento ainda precisa ser desenvolvido.

Vale salientar que pessoas que tomaram a vacina para gripe não estão imunes ao 2019-nCoV, já que ela protege apenas contra o vírus influenza.

Coronavírus

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