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Homem descobre problema de saúde graças a relógio inteligente

Publicado 8 Jan 2020 – 04:50 PM EST | Atualizado 8 Jan 2020 – 04:50 PM EST
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Atualmente, muitos relógios são capazes de monitorar o usuário a ponto de mostrar aspectos como a frequência cardíaca e, apesar de esta funcionalidade normalmente não ser utilizada por pessoas que não praticam exercícios físicos, ela pode ser bastante útil para qualquer um - e o relato deste homem que percebeu uma taquicardia totalmente incomum graças a esta tecnologia pode provar.

Homem percebe taquicardia graças a smart watch

Em sua página do Facebook, Jorge Freire Jr. - blogueiro que é mais conhecido como Nerd Pai - falou sobre como levou um susto ao receber em seu relógio inteligente um alerta sobre sua frequência cardíaca. Segundo Jorge, o aparelho o avisou, enquanto ele voltava de uma viagem, que seu coração estava há mais de 10 minutos acima de 140 batidas por minuto (BPM) - e os batimentos continuaram altos na sequência.

“Ao checar o app de batimento cardíaco, a surpresa: 170 BPM. Como estava apenas andando, meu coração não poderia estar com esse batimento. Fui para casa, deitei e esperei uns 30 minutos para ver se os batimentos voltavam ao normal. Estabilizou em 160 BPM. Ou seja, estava com uma taquicardia”, narrou o blogueiro e, como o ritmo correto do coração é de 60 a 100 batidas por minuto, ele buscou atendimento médico.

“Corremos para o pronto-socorro. Ao mostrar para a atendente do hospital o Apple Watch, [ela] imediatamente me encaminhou para a triagem. Pressão altíssima e, sim, confirmada a taquicardia. O reloginho estava 100% correto”, disse Jorge, que fez os exames pedidos pelo hospital e descobriu que não havia sinais de infarto. “O médico controlou os batimentos através de remédio e desde esse dia estou bem”, disse.

Embora arritmias cardíacas - caracterizadas ou pela taquicardia (ritmo acelerado) ou pela braquiocardia (ritmo desacelerado) - estejam ligadas a problemas graves como infartos e derrames, um episódio como o descrito pelo blogueiro não necessariamente leva a uma destas consequências, mas, mesmo assim, é importante manter a condição bem monitorada, e Jorge está grato pelo alerta do relógio

Após compartilhar que, segundo os médicos, a taquicardia foi causada pela junção dos excessos característicos do fim de ano com estresse e a inconstância do blogueiro em tomar o remédio de controle da pressão, Jorge usou o texto para alertar outras pessoas sobre a possibilidade disso acontecer - já que, assim como ocorre em diversos casos, a condição não veio acompanhada de sintomas.

“Por mais que eu cuide da minha alimentação, acabo não tendo cuidado com outras coisas. Esse foi um alerta do meu corpo que preciso mudar. [...] Posso dizer que o Apple Watch me salvou. Não estava sentindo NADA e poderia ter ficado com essa taquicardia por horas. E o resultado disso, bem, você já sabe...”, refletiu Jorge.

Leia o relato na íntegra:

Arritmia cardíaca: riscos, sintomas e mais

Apesar de a taquicardia descrita pelo blogueiro ter sido algo isolado, episódios assim também podem caracterizar uma arritmia cardíaca - algo que requer acompanhamento médico para avaliar e prevenir possíveis riscos. De acordo com informações do Hospital Albert Einstein, há várias delas e, em geral, elas são benignas e não requerem tratamento, mas certos tipos são mais graves.

Uma taquicardia ventricular (ou seja, que ocorre na parte inferior do coração), por exemplo, pode prejudicar o funcionamento do órgão, resultando em tontura e desmaios e gerando a necessidade de atendimento imediato. Em casos mais extremos, ela pode fazer com que o coração pare de bater, levando o indivíduo a ter uma morte súbita - e, aqui, o diagnóstico precoce é essencial.

Segundo o hospital, a maior parte das arritmias não têm uma causa bem definida, podendo surgir a partir de infartos, insuficiência cardíaca, doença de Chagas, disfunções da tireoide, do uso de certos medicamentos, de desidratação e até de estresse ou ansiedade. Os principais sintomas, quando aparecem, são palpitações, fraqueza, tontura, sudorese, desmaios, falta de ar e sensação de peso no peito.

Quando o problema é identificado e nota-se a necessidade de tratamento, é possível usar medicamentos, realizar uma cardioversão elétrica (um choque no tórax), cauterizar o foco do problema por meio de um cateterismo ou, em casos mais extremos, implantar um marca-passo que corrige a pulsação alterada com um choque.

Como prevenção, o hospital cita a prática de exercícios físicos, a alimentação balanceada (com pouco sódio e gordura) e acompanhamento médico para controlar fatores de risco como diabetes, hipertensão, obesidade e tabagismo.

Tem uma dúvida de saúde? Envie para vixresponde@vix.com e ela poderá ser respondida por um especialista em nossa nova coluna: VIX Responde.

Saúde do coração

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