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Pintar ou alisar o cabelo aumenta o risco de câncer de mama, descobre estudo

Publicado 11 Dez 2019 – 05:07 PM EST | Atualizado 11 Dez 2019 – 05:07 PM EST
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Um estudo revelou que fazer procedimentos com química no cabelo aumento o risco de câncer de mama em mulheres.

E mais: em mulheres negras, as chances de tumores mamários são ainda maiores, caso a mulher tenha o hábito de pintar o cabelo.

Câncer de mama e química no cabelo

Publicado no "International Journal of Cancer", o estudo buscou relacionar o uso produtos para tingir e alisar o cabelo com o desenvolvimento do câncer de mama.

Para isso, os cientistas reuniram 50 884 mulheres, em idades entre 35 e 74 anos, que tinham histórico de câncer de mama na família, mas não apresentavam a doença na época em que foram selecionadas para o estudo.

A pesquisa aconteceu ao longo de seis anos, entre 2003 e 2009. Nesse intervalo, as mulheres responderam a entrevistas sobre o uso de produtos capilares.

Os questionários buscavam saber o tipo de tinta usada para pintar o cabelo, a cor, a frequência com que pintavam ou alisavam os fios, que produto usavam para alisar o cabelo, etc.

De três em três anos, as mulheres atualizavam as informações sobre seus hábitos de beleza. Ao final do período de entrevistas, 47 650 mulheres finalizaram todos os questionários feitos pelos cientistas.

Risco de câncer de mama aumenta ao pintar ou alisar cabelo

A partir das entrevistas, os cientistas chegaram a resultados reveladores. Segundo o estudo, mulheres que pintam o cabelo têm 55% mais risco de desenvolver a doença frente àquelas que não seguem a prática.

Para quem pinta o cabelo a cada cinco a oito semanas, as chances de desenvolvimento de câncer aumentam para 60%.

Chama atenção o fato de que, em mulheres brancas, o risco de câncer de mama pelo hábito de pintar o cabelo aumentou em 7%, enquanto em mulheres negras, em 45%.

Quando o assunto é alisamento capilar, o risco de câncer de mama aumenta em 18% com a prática. Em pessoas que têm o costume de usar produtos para deixar os fios mais lisos em um intervalo de cinco a oito semanas, os riscos aumentaram em 31%.

Não se observou influência étnica no aumento do risco de câncer de mama por uso de alisadores capilares, como se viu no uso de produtos para tingimento.

Na publicação, os pesquisadores alertam para a presença de substâncias cancerígenas e que também afetam o sistema endócrino em produtos capilares - o que pode contribuir para o desenvolvimento do câncer.

Além disso, os cientistas levantam a hipótese de que mulheres negras são mais afetadas pelos produtos capilares porque mercadorias do gênero voltadas para esse público contêm compostos com mais ativos hormonais.

Câncer de mama: fatores de risco

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