Larissa Manoela é operada após forte crise de cólica biliar: entenda o problema
A cantora Larissa Manoela usou seu perfil no Instagram nesta terça-feira (12) para contar aos seguidores que estava no hospital para fazer uma cirurgia - mas já os tranquilizou afirmando que se tratava apenas de um procedimento para remover a vesícula após descobrir que havia uma pedra nela.
Larissa Manoela é internada para fazer cirurgia
Usando a ferramenta Stories da rede social, a atriz apareceu na cama do hospital em uma série de vídeos, explicando o que a levou ali. “Recentemente, tive uma crise muito forte, uma cólica biliar que os médicos chamam, e descobri que a minha vesícula tem uma pedrinha”, afirmou, deixando claro que a situação é simples de se resolver.
“Vou estar livre dessa pedrinha hoje mesmo, então já já estou indo para o centro cirúrgico [para] fazer a retirada e ela não me incomodar mais. Conversando com amigos e pessoas próximas, muita gente já fez a retirada da vesícula, é uma cirurgia supertranquila”, comentou a cantora.
Pedra na vesícula: o que é
A vesícula é um órgão que participa do processo de digestão e armazena bile, substância que ajuda a processar alimentos gordurosos. Esta substância, por sua vez, é composta por água, colesterol, sais biliares e bilirrubina - e quando a solução está saturada a ponto de certos componentes não se “dissolverem”, formam-se as pedras.
De acordo com informações do Hospital Sabará, a cólica biliar é a dor que aparece quando uma pedra (também chamada de cálculo biliar) obstrui total ou parcialmente as vias que levam bile da vesícula ao intestino delgado - processo que, inclusive, pode ter complicações bem sérias.
Sintomas
Em geral, segundo o hospital, as crises ocorrem após refeições especialmente gordurosas, e se manifestam por sintomas como dores intermitentes do lado direito da barriga (abaixo da caixa torácica), inchaço abdominal, náuseas e vômito, arrotos, gases, indigestão e, em alguns casos, dores pontuais nas costas.
Conforme o problema se agrava e evolui para outras condições, é possível que o paciente apresente febre baixa, calafrios e icterícia (amarelamento da pele). Há, no entanto, pessoas que apresentam os chamados “cálculos biliares silenciosos”, ou seja, que não apresentam sintomas.
Fatores que favorecem a formação das pedras
Segundo informações do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, fatores como a presença de doenças hematológicas, hereditariedade, envelhecimento, obesidade, histórico de cirurgia bariátrica, diabetes, dieta pobre em fibras e uso de medicamentos para reduzir o colesterol podem favorecer a formação das pedras na vesícula.
Além disso, mulheres - pelo uso de anticoncepcionais, ocorrência de gestações e também na menopausa - estão mais propensas a desenvolver este problema. Para prevenir a condição, também é importante ter uma alimentação balanceada, sem açúcar e gordura em exagero.
Possíveis complicações
Segundo o Hospital Oswaldo Cruz, quando o problema não é tratado (seja com medicamentos ou cirurgia, dependendo das circunstâncias), há de 30% a 50% de risco de o paciente desenvolver complicações graves. As principais, segundo o hospital, são a colecistite aguda, as fístulas e a pancreatite.
No primeiro caso, a pedra obstrui o ducto cístico (via pela qual a bile deixa a vesícula), causando inflamações, acúmulo de pus em abcessos, peritonite (inflamação do tecido que reveste a cavidade abdominal, englobando a maior parte dos órgãos) ou mucocele (acúmulo de muco).
Enquanto isso, as fístulas são perfurações no intestino delgado ou cólon que, quando ocorrem, podem causar sangramento e infecções. A pancreatite, por sua vez, é a inflamação do pâncreas causada pela migração de um cálculo biliar para o órgão - algo que gera dores parecidas com as do cálculo biliar e pode ser fatal quando não tratado.
Tratamento, cirurgia e pós-operatório
De acordo com o Hospital Sabará, quando os cálculos biliares são bem pequenos, é possível que o médico receite medicamentos para dissolvê-los - algo comum para pacientes com doenças cardiovasculares e cirrose hepática, que não podem ser submetidos à cirurgia.
O mais comum para quem tem pedras na vesícula - inclusive quando o problema é assintomático -, no entanto, é a cirurgia de retirada da vesícula, que é justamente o procedimento citado por Larissa nos vídeos em que revela a doença.
Este procedimento pode ser feito de duas formas: a cirurgia laparoscópica, que consiste na remoção da vesícula através de incisões bem pequenas no abdômen, e a cirurgia aberta, em que se realiza uma grande incisão(algo necessário em casos de infecção abdominal).
Como a vesícula tem um papel importante na digestão, o corpo leva algum tempo para se adaptar à ausência dela e funcionar normalmente, então é recomendável que o paciente tenha, durante um período recomendado pelo médico, uma alimentação balanceada e com pouca gordura.
Em geral, quem passa por este procedimento tende a ter uma vida normal depois dele, mas há quem apresente sintomas como gases e fezes amolecidas a partir da ingestão de alimentos gordurosos.
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