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Influencer posta foto corajosa para exibir feridas e cicatrizes nos seios por doença

Publicado 7 Nov 2019 – 04:43 PM EST | Atualizado 7 Nov 2019 – 04:43 PM EST
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A digital influencer Jessica Tauane publicou, de forma bem corajosa, uma foto que ilustra as feridas e cicatrizes que a doença de pele da qual sofre lhe trouxe aos seios.

Chamado hidradenite supurativa, o quadro de Jessica é conhecido há pelo menos dois anos pelo público, período em que a influenciadora começou a falar abertamente sobre a doença que lhe acomete.

Hidradenite: relato franco de influencer sobre doença

Jessica é conhecida na internet, principalmente no YouTube, por discutir sobre temas ligados à comunidade LGBT e a pressões estéticas e como isso repercute em preconceitos, como a gordofobia.

Porém, nos últimos anos, ela começou a falar também sobre a doença com a qual convive desde os 19 anos, segundo relatou em seu canal no YouTube: a hidradenite supurativa.

A primeira vez que a influenciadora veio a público narrar a existência de sua hidradenite foi em 2017, quando publicou uma foto das feridas nos seios provocadas pela doença e um conteúdo sobre ela no canal que mantém na plataforma de vídeos.

“Nem sei quantas vezes já chorei por causa dela. Mas quer saber? Isso me faz mais forte ainda!!!”, escreveu Jessica ainda em 2017.

"HIDRADENITE SUPURATIVA. Uma doença de pele bem chata. Nem sei quantas vezes já chorei por causa dela. Mas quer saber? Isso me faz mais forte ainda!!! Lancei no [canal] Gorda de Boa o primeiro episódio sobre a hidradenite. Para conferir, é só clicar no link na bio ;) Tô surtando e chorando de emoção com os comentários de vocês! Obrigada SEMPRE!!!"

Dois anos depois da revelação de seu quadro de saúde, Jessica voltou a publicar fotos dos seios, porém mostrando as lesões da região, agora, cicatrizadas.

Para o novo registro, a influenciadora fez uma montagem que mostra a mesma foto de 2017, na qual os seios estavam bem feridos, e como eles estão atualmente.

"Uau! A foto mais antiga é de maio de 2017. A recente, de junho agora, 2019. Dois anos! Quanta coisa passou, quanta coisa aprendi, como mudei (e permaneci a mesma, ao mesmo tempo!). Essa pele transborda de maneiras incríveis, como eu amo viver dentro desse templo sagrado chamado meu corpo: mesmo com todas as suas nuances, lesões, cicatrizes, o que for. Ontem lancei um vídeo no YouTube muito importante para mim, onde compartilho experiências e dicas muito legais. #EuTenhoHidradenite e não tenho vergonha alguma disso. Minha vida andou, melhorou, e nesse vídeo compartilho com vocês algumas lições dessa trajetória de tanto aprendizado! <3 P.S.: [ sobre minha visível melhora ] -- Sei que vocês querem muito que eu fale sobre tratamentos, e sim!, eu fiz um novo tratamento (que não foi cirúrgico). Mas desde que comecei a falar mais seriamente sobre hidradenite publicamente, me comprometi a não compartilhar os meus tratamentos porque eu realmente influencio (!) pessoas. É minha profissão rsrs. E com certeza cada paciente tem um caso específico e um possível tratamento, então o que é bom pra mim, talvez não seja bom pra você. Já fiz vídeo falando sobre todos os tratamentos que conheço, com seus prós e contras. É preciso cautela e responsabilidade porque o assunto não é simples, né? <3 E não esqueça de assistir ao vídeo novo que está simplesmente lin-do! Tem link nos stories! ;)"

Ao falar do corpo e das marcas permanentes que a doença lhe trouxe, Jessica não se mostrou frustrada ou mesmo triste.

Pelo contrário. A digital influencer mostrou conviver com leveza ao lado da hidradenite. “Essa pele transborda de maneiras incríveis, como eu amo viver dentro desse templo sagrado chamado meu corpo: mesmo com todas as suas nuances, lesões, cicatrizes, o que for.”

Em sua jornada com a doença, Jessica contou que já passou pelos mais variados tipos de tratamentos. Porém, não revelou quais foram eles por cautela com o público.

“Me comprometi a não compartilhar os meus tratamentos porque eu realmente influencio (!) pessoas. É minha profissão rsrs. E com certeza cada paciente tem um caso específico e um possível tratamento, então o que é bom pra mim, talvez não seja bom pra você. Já fiz vídeo falando sobre todos os tratamentos que conheço, com seus prós e contras. É preciso cautela e responsabilidade porque o assunto não é simples, né?”

A única informação dada por Jéssica é que o emagrecimento tido por ela nos últimos anos trouxe benefícios ao controle da doença, conforme revelou em seu canal no YouTube.

Hidradenite: o que é a doença de pele

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a hidradenite supurativa é uma doença de pele inflamatória de ordem crônica. Acredita-se que ela surge a partir da inflamação dos folículos pilosos, estrutura que reveste a raiz do pelo.

Trata-se de uma doença que atinge mais a população feminina, manifestando-se após a puberdade.

As regiões acometidas pelas lesões da hidradenite são, normalmente, as axilas, virilha, região das mamas, genital e glútea.

Causas da hidradenite

A hidradenite não tem suas causas bem definidas ainda. Segundo a SBD, pode se tratar de um quadro autoinflamatório, ou seja, uma resposta inflamatória exagerada que agride a pele e outras estruturas associadas, ou mesmo um quadro genético ou ligado a outros problemas de saúde, como o tabagismo.

Sintomas da hidradenite

Além de as lesões apresentarem características como dor intensa e aparência inflamada, outro ponto a se notar é a presença de nódulos ou caroços.

Tais nódulos merecem atenção pela resistência, uma vez que, após a cura da lesão, eles podem reaparecer, e novas inflamações no mesmo local podem vir a surgir.

Outro ponto a ficar atento é a formação de pus. A secreção pode vir carregada de mau odor e, quando extravasada, pode manchar roupas.

Tratamento

Há diferentes maneiras de se tratar a hidradenite e tudo depende da gravidade e do quadro do paciente.

De acordo com a SBD, normalmente os cuidados com a doença envolvem higienização adequada das áreas afetadas, evitar o uso de roupas apertadas, abandono do tabagismo e perda de peso em caso de pessoas obesas.

Medicamentos, como antibióticos de uso tópico ou oral, também contribuem para o controle da doença e, para mulheres, o anticoncepcional pode ser receitado. Outro método é o uso de imunossupressores.

Há ainda a opção de cirurgia para lesões crônicas associadas a cicatrizes e que frequentemente precisam de tratamento.

Tem uma dúvida de saúde? Envie para vixresponde@vix.com e ela poderá ser respondida por um especialista em nossa nova coluna: VIX Responde.

Doença de pele

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