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Prefeito de SP, Bruno Covas, está com câncer na região do estômago e no fígado

Publicado 28 Out 2019 – 03:10 PM EDT | Atualizado 28 Out 2019 – 03:10 PM EDT
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O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, foi diagnosticado com câncer no trato digestivo e no fígado nesta segunda-feira (28). As informações foram divulgadas pela assessoria de imprensa do hospital Sírio-Libanês, onde o político está internado desde a última quarta-feira (23).

Inicialmente, Bruno Covas havia sido admitido para tratar uma erisipela, tipo de infecção de pele que pode ser perigosa. No entanto, ao realizar exames, a equipe médica identificou outros quadros de saúde no prefeito: além dos tumores, também foram descobertas duas tromboses, que já estão sendo tratadas.

Bruno Covas está com câncer

Tromboses

Na última semana, Bruno Covas foi internado após receber o diagnóstico de erisipela - uma infecção cutânea.

Após exames complementares, o boletim médico de 25 de outubro revelou que o prefeito estava com trombose venosa das veias fibulares. Dois dias depois, foi descoberto um tromboembolismo pulmonar.

Tumores

Posteriormente, um exame de pet scan apontou o surgimento de uma tumoração no trato digestivo do prefeito.

Nesta segunda-feira (28), a assessoria de imprensa do hospital confirmou que o quadro se trata de um câncer do tipo adenocarcinoma localizado na área de transição entre o esôfago e o estômago Além disso, a equipe descobriu outro nódulo cancerígeno no fígado.

A princípio, Covas não deve se afastar de suas funções e seguirá em tratamento contra a doença por meio de quimioterapia.

Adenocarcinoma no trato digestivo

Adenocarcinoma é um tumor maligno derivado das células glandulares epiteliais secretoras, responsáveis pela produção de secreções, e pode atingir vários órgãos do corpo humano.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), este tipo de tumor é responsável por cerca de 95% dos casos de tumor do estômago. Já nos casos de câncer de esôfago, ele vem crescendo consideravelmente, segundo o INCA. No caso do prefeito de São Paulo, a tumoração acometeu uma região intermediária entre os dois órgãos.

Ambas as doenças são mais comuns em homens do que em mulheres. Obesidade, tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas, bem como ingestão de alimentos processados, embutidos e defumados, são fatores de risco comuns às duas.

O câncer de esôfago só costuma dar sinais quando avança, provocando dificuldade para engolir, náuseas, perda de apetite e emagrecimento. Já o de estômago demonstra sintomas desde a fase inicial, com sensação de estufamento e azia permanente. No estágio avançado, também provoca emagrecimento, dificuldade de deglutição e vômito. Pode ocorrer também amarelamento da pele, aumento do volume abdominal e presença de gânglios nas axilas e acima da clavícula.

O tratamento pode envolver cirurgia, quimio e radioterapia e também mudanças nutricionais.

Câncer no fígado

O câncer no fígado pode surgir de forma primária, apenas no órgão, ou ser metastático, originário de outro órgão. O segundo tipo é o mais frequente, de acordo com o INCA.

Dentre os fatores de risco que propiciam o surgimento do câncer no fígado, destacam-se doenças como a cirrose hepática, hipotireoidismo, síndrome metabólica, infecções como a hepatite B e C, condições como a obesidade, acúmulo de gordura no fígado, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, entre outros.

Em sua fase inicial, o câncer não traz muitos sintomas o que dificulta o diagnóstico. Com o avançar do quadro, a doença sinaliza perda de peso, aumento do volume abdominal e a icterícia (coloração amarelada dos olhos e da pele).

Seu tratamento envolve cirurgia, quimioterapia, radioterapia e, em alguns casos, transplante de fígado.

Trombose

A trombose é uma doença causada pela obstrução de uma ou mais veias profundas por um coágulo que impede o fluxo sanguíneo. A doença está associada a carga genética, excesso de peso (obesidade), do uso de pílulas anticoncepcionais, tabagismo, insuficiência cardíaca e até mesmo a desidratação. Além disso, um importante fator de risco é o repouso prolongado - ou seja, passar muito tempo sentado ou deitado, como no caso de internações.

O tratamento para trombose envolve uso de anticoagulantes para impedir que coágulos se soltem e sigam em direção ao pulmão - são pelo menos três a seis meses de uso de medicamentos, dependendo da veia que foi afetada, para deixar os trombos mais rígidos e impedir que eles se desprendam das paredes dos vasos.

A doença pode ter consequências graves, como acidente vascular cerebral (AVC), embolia pulmonar e até mesmo a morte.

"Entre os sinais de uma embolia pulmonar, há a falta inesperada de respiração ou a respiração rápida, dores no peito, frequência cardíaca alta, tosse e catarro com sangue", explica a cirurgiã vascular e angiologista Aline Lamaita.

Doenças gastrointestinal

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