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Cláudia Rodrigues é internada por atrofia cerebral: entenda o que quadro pode causar

Publicado 17 Out 2019 – 05:44 PM EDT | Atualizado 17 Out 2019 – 05:45 PM EDT
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A atriz Cláudia Rodrigues, de 48 anos, foi internada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, depois de passar mal no domingo. Ela, que foi diagnosticada com esclerose múltipla em 2006, teve uma redução de massa encefálica, de acordo com sua assessoria. Agora, os médicos estudam o caso para decidir os próximos passos.

Atrofia cerebral por esclerose múltipla: por que ocorre?

Todo mundo perde volume cerebral ao longo da vida. É um processo normal do envelhecimento, que começa a acontecer por volta dos 20 anos de idade — um indivíduo adulto perde, em média, de 0,1% a 0,3% de volume encefálico por ano.

No caso de quem tem esclerose múltipla, doença autoimune em que as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares, essa redução é acelerada por inflamações que aparecem no cérebro.

"O cérebro murcha. O tecido cerebral começa a se degenerar e a pessoa vai perdendo massa encefálica", explica Paulo Diniz da Gama, professor de neurologia da PUC-SP. Segundo o especialista, o nome médico da condição é atrofia cerebral.

Quando Cláudia foi internada em março deste ano, foi constatada a lesão inflamatória no cérebro, mas não era esperado que a evolução do quadro fosse tão rápida. Segundo sua assessoria, o que era para ter acontecido em um prazo de dois anos aconteceu em seis meses.

O médico diz que não há um cálculo exato para prever a evolução das lesões: "Cada caso é um caso. Quando a inflamação aparece, pode evoluir mais lentamente ou rapidamente, dependendo do paciente".

Efeitos da atrofia cerebral

Essa degeneração pode causar prejuízos físicos e cognitivos. "Varia de acordo com a localização da lesão. Se for na área motora, a pessoa vai ter dificuldades de mobilidade. Se for na área frontal, por exemplo, vai ter prejuízos cognitivos, como problemas de concentração e de memória", afirma Paulo.

De acordo com o neurologista, existem alguns remédios que são capazes de diminuir as inflamações, mas são poucos. Eles desaceleram o processo, mas não o impede.

A assessoria da humorista afirmou que ela ainda está realizando exames para que seus médicos possam decidir qual é o melhor caminho a ser seguido. As opções incluem o uso de um remédio importado de alto custo ou uma cirurgia nos Estados Unidos.

Vale lembrar que nenhum desses tratamentos curam a esclerose — eles só são capazes de aliviar alguns efeitos e retardar a degeneração.

Cláudia Rodrigues e esclerose múltipla

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