Fumo passivo aumenta chance de diferentes problemas de saúde: desde o útero até vida adulta
O fumante passivo é aquele que não fuma, mas que convive com fumantes em ambientes fechados. É conhecido o fato de que a fumaça dos derivados do tabaco provoca prejuízos à saúde, mas você sabia que o tabagismo passivo é a terceira causa de morte evitável no mundo?
De acordo com Marilyn Urrutia-Pereira, professora da Universidade Federal do Pampa e membro da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), em longo prazo, o tabagismo causa nos fumantes passivos e ativos o aumento do risco de diversos tipos de câncer, além de condições coronarianas e acidentes vasculares cerebrais.
Riscos de saúde para fumantes passivos
A exposição à poluição tabagística ambiental (PTA) sofrida pelo fumante passivo aumenta as chances de diversos problemas de saúde em cada fase da vida. Entenda como:
Intraútero: abortos, baixo peso ao nascer, redução do crescimento pulmonar, alterações neurocomportamentais, redução do Quociente de Inteligência e aumento no risco de câncer infantil.
Lactentes: aumento do risco de morte súbita do lactente, bronquiolite, infecções do ouvido médio e pneumonia.
Infância: redução da função pulmonar, asma e pneumonia.
Adolescência e idade adulta: aumento do risco em fumar, doenças cardiovasculares maior risco de câncer.
A exposição a PTA tem sido associada a infecções respiratórias agudas, tuberculose, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, pneumoconiose, câncer de cabeça e pescoço e câncer de pulmão. Piora das condições crônicas (rinite alérgica, asma) e aumento da incidência de doenças agudas como pneumonia, otites e resfriados.
A exposição ambiental à fumaça do tabaco também causa sintomas nasais agudos e crônicos, tosse noturna, sintomas de rinite e problemas de sinusite, assim como rouquidão em crianças e adolescentes.
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