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Como está Michael Schumacher hoje: anos após acidente, família mantém sigilo

Publicado 11 Set 2019 – 04:36 PM EDT | Atualizado 11 Set 2019 – 04:36 PM EDT
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Quase seis anos após o trágico acidente de Michael Schumacher, que sofreu lesões cerebrais ao cair enquanto esquiava nos Alpes Franceses, em dezembro de 2013, o estado de saúde do ex-piloto segue sendo mantido em sigilo por sua família, mas, de acordo com as últimas notícias divulgadas na mídia internacional sobre o caso, ele foi recentemente internado para fazer um curto tratamento - e está consciente.

Conforme publicou o veículo francês “Le Parisien”, o heptacampeão mundial de Fórmula 1 foi admitido no hospital Georges-Pompidou, em Paris, onde teria realizado uma terapia experimental de efeito anti-inflamatório com células-tronco e, segundo uma enfermeira que supostamente falou ao jornal, seu estado de saúde soa promissor. “Te asseguro que ele está consciente”, teria dito ela.

O acidente de Schumacher

Além de ser uma estrela mundial do automobilismo, Schumacher também gostava de esquiar - e, em 2013, sofreu um acidente grave enquanto praticava o esporte em Méribel, nos Alpes Franceses. De acordo com informações divulgadas na época por Sabine Kehm, porta-voz do ex-piloto alemão, ele bateu a cabeça ao cair e, mesmo de capacete, sofreu graves lesões cerebrais.

Estado de saúde Michael Schumacher: o que se sabe até hoje

Acordou do coma em 2014

Ainda que as primeiras informações divulgadas pela rádio francesa “RMC” após o acidente indicassem que Schumacher fora socorrido consciente, o ex-piloto passou um longo período em coma nos meses seguintes enquanto se recuperava e passava por neurocirurgias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário de Grenoble (França).

Em junho de 2014, porém, a situação muda e Schumacher sai do coma, recebendo, para a alegria de familiares e pessoas próximas, a alta hospitalar. Na época, Khen informou à imprensa e fãs do ex-piloto que, após sair do hospital, ele continuaria sua “longa fase de reabilitação” na Suíça, longe dos olhos do público.

Na época, o ex-piloto foi transferido para outro hospital (desta vez na Suíça) e, em setembro do mesmo ano, voltou para casa, onde permanece recluso até hoje.

Sigilo absoluto e família esperançosa

Desde que Schumacher saiu do hospital, seu quadro de saúde é mantido em sigilo por seus familiares e amigos - e, segundo Kehm, isso seria um desejo do próprio ex-piloto. “Acho que era o desejo secreto dele. É por isso que agora eu ainda quero cumprir seus desejos e não deixar que nada saia”, disse ela à imprensa em 2016, afirmando que o atleta sempre fora reservado.

Ainda que não deem mais informações concretas sobre o estado de Schumacher, declarações esperançosas de pessoas próximas mostram que ele ainda não está totalmente recuperado. Ao relembrar o acidente na inauguração de uma exposição em homenagem a ele em 2016, Khem disse: “Nos resta manter a esperança de que um dia ele estará de volta entre nós”.

Já em 2018, o músico Sascha Hercheback contou à revista alemã “Bunte” que, após compor a canção “Born to fight” (“Nascido para lutar”, em tradução livre), ele recebeu uma bela mensagem de Corinna, esposa de Schumacher - onde ela também dá a entender que ele segue, até hoje, em um processo de reabilitação. Na carta, ela escreveu:

“Eu gostaria de agradecer sinceramente por sua mensagem e pelo belo presente que nos ajudará neste momento difícil. É bom receber tantos votos e outras palavras bem-intencionadas, é um grande apoio à nossa família. Todos sabemos que Michael é um lutador e não desistirá”.

Informações de amigos e entes queridos

Apesar de não serem informações detalhadas, em algumas situações, amigos e outras pessoas próximas do ex-piloto - que declaradamente o visitam desde o acidente - deixaram escapar detalhes de como está Michael Schumacher atualmente. Uma delas foi o arcebispo alemão Georg Hänswein, que, em 2018, contou como foi o encontro que teve com o heptacampeão nos últimos anos (também à “Bunte”).

“Sentei na frente dele, segurei as duas mãos e olhei para ele. Seu rosto é, como todos conhecemos, o típico rosto de Michael Schumacher, só está um pouco mais cheio. Ele sente que pessoas amorosas estão ao seu redor, cuidando dele e, graças a Deus, afastando o público curioso demais. Uma pessoa doente precisa de discrição e compreensão”, disse ele à publicação.

Outra pessoa a falar de suas visitas a Schumacher foi Jean Todt, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e antigo chefe do ex-piloto. À revista alemã “Auto Bild”, Todt deu, em 2018, uma declaração que acabou gerando uma série de especulações: “Sempre sou cuidadoso ao dizer algo. Mas é verdade que eu assisti ao GP do Brasil na Suíça com o Michael”.

Como Todt não detalhou a situação, muitos começaram a supor que Michael estaria bem e consciente - mas nenhuma das especulações geradas pelo comentário foram conformadas pelos familiares ou pela porta-voz do ex-piloto.

Sem locomoção

Em 2016, a revista “Bunte” foi condenada por um tribunal alemão após publicar uma notícia de que o ex-piloto voltara a caminhar - e foi assim que o público foi informado do contrário. Além de Kehm ter se pronunciado desmentindo a afirmação do veículo, o advogado da família de Schumacher, Felix Damm, afirmou na audiência que Michael realmente não pode andar.

Na ocasião, ele revelou que o ex-piloto não se locomove (e não fica em pé nem com o auxílio de terapeutas), lamentando a necessidade de divulgar este detalhe do estado de saúde de Schumacher de forma forçada para não dar falsas esperanças a seus fãs.

Sigilo alimenta “fake news”

Ainda que o público respeite a privacidade do ex-piloto, a ânsia de muitos por notícias fez com que, ao longo dos anos, surgissem informações falsas a seu respeito - todas negadas pela família e pela porta-voz dele. Neste sentido, alguns veículos afirmaram que ele só conseguia se comunicar com os olhos, que estaria pesando 45 kg e chorava ao ouvir a voz da esposa e dos filhos.

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