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Namorada de Marta com câncer de mama aos 29: tumor pode ser diferente nesta idade

Publicado 8 Ago 2019 – 12:42 PM EDT | Atualizado 8 Ago 2019 – 12:42 PM EDT
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A jogadora de futebol norte-americana Toni Pressley, namorada da craque brasileira Marta, revelou que está com câncer de mama. A atleta usou o Instagram para anunciar que passou por uma cirurgia mamária para retirar um tumor e que, até agora, vinha tentando esconder seu quadro do público.

O que mais chama atenção, porém, é que Toni é bem jovem e, para um diagnóstico de câncer de mama como o dela, 29 anos não é uma idade muito comum. Nesta faixa etária, porém, a doença pode ser até mais agressiva do que normalmente é ao surgir em outro momento da vida - e nós explicamos por que isso acontece.

Câncer de mama em mulheres jovens

Caracterizado pela proliferação de células tumorais no seio, o câncer de mama tem entre suas causas fatores como o início precoce da menstruação, a menopausa tardia, ausência de filhos, reposição hormonal após a menopausa e obesidade, mas acima de tudo está a predisposição genética (ou seja, a existência de parentes próximos que desenvolveram a doença).

Em geral, esta doença aparece em mulheres a partir dos 50 anos, próximo da menopausa. Ao acometer alguém mais jovem, porém, a doença costuma ter mais força. “É como se, para aparecer mais cedo, essa célula precisasse ser muito mais forte”, afirma o oncologista Hezio Jadir Fernandes Junior, ressaltando que, por isso, o câncer de mama em jovens é mais agressivo e resistente biologicamente.

"Como é comum em mulheres mais velhas, quando a doença aparece em jovens mostra uma alteração genética importante. Então, geralmente são quadros mais graves, mais avançados e com potencial de malignidade maior", explica o especialista.

Tratamento e prevenção

Apesar de o câncer de mama em mulheres jovens ser mais agressivo, as formas de tratá-lo são as mesmas disponíveis para cânceres que surgem em uma idade mais avançada - ou seja, cirurgia para remover o tumor, quimioterapia, radioterapia e tratamentos que têm relação com os hormônios.

Para prevenir o câncer de mama, é importante que a mulher esteja atenta a qualquer alteração nos seios durante o autoexame preventivo, que deve ser realizado no meio do ciclo menstrual, próximo da data de ovulação para que as mamas não estejam inchadas. Depender apenas do autoexame como forma de prevenir a doença, porém, não é mais algo tão indicado.

De acordo com o mastologista Rogério Fenile, ainda que cerca de 10% dos casos sejam identificados a partir do autoexame, é comum que as mulheres só notem alterações quando elas já são muito significativas - algo que indica que o câncer pode estar em um estágio avançado, reduzindo então as chances de o tratamento ser um sucesso.

A principal recomendação, portanto, é a de que a mulher visite um mastologista ou ginecologista regularmente, para que o especialista possa avaliar o risco de câncer baseado nas características da paciente. Segundo ele, mesmo que a mulher não esteja em uma idade de risco, é essencial visitar este médico ao menos uma vez por ano.

A partir disso, o médico indicará os exames mais adequados - como mamografias e ultrassonografias de mama - e também sua periodicidade. Aqui, porém, é essencial que a mulher comunique seu médico sobre casos da doença (ou outros tipos de câncer ginecológico) em parentes próximas para que o fator genético - o mais importante - possa ser levado em conta.

Nos poucos casos em que é possível identificar um fator genético extremamente forte e determinante, há também a opção de remover as mamas preventivamente. De acordo com o oncologista Geraldo Felicio, isso é uma medida radical reservada a casos bastante excepcionais.

Tipos de câncer ginecológico

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