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Doenças do cérebro podem ter começo em problemas no intestino, diz ciência

Publicado 18 Jul 2019 – 10:31 AM EDT | Atualizado 18 Jul 2019 – 12:05 PM EDT
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Doenças degenerativas e que acometem o cérebro, como o Parkinson, por exemplo, podem ter origem no intestino. A descoberta, inédita e surpreendente, é resultado de um estudo realizado pela Universidade Johns Hopkins, nos EUA.

Parkinson pode ter começo no intestino

Em um trabalho científico feito com camundongos, os pesquisadores foram capazes de relacionar a proteína alfa-sinucleína com o Parkinson. A substância, no caso, se desenvolve no trato digestivo e poderia se espalhar para o cérebro e, consequentemente, favorecer o surgimento da doença.

Alguns estudos anteriores já haviam demonstrado que pacientes com Parkinson costumam ter a microbiota – o conjunto de bactérias do intestino – alterado.

Para investigar o processo, os estudiosos injetaram a proteína no intestino de camundongos saudáveis e, após um mês de rastreamento, ela aparecia presente em diversas estruturas do tronco cerebral. Foi possível observar ainda que ocorria uma progressão da alfa-sinucleína até o cérebro, da mesma forma como os de Parkinson são distribuídos pelo cérebro humano.

Os cientistas afirmam que o modelo pode ser usado para elaborar e testar terapias contra o Parkinson. A interferência a partir do intestino poderia, por exemplo, parar e evitar a evolução da doença no cérebro.

A doença de Parkinson é uma enfermidade degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva que causa tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio e alterações na fala e na escrita. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, estima-se que cerca de 200 mil pessoas sofram com a condição, ainda sem cura.

Doença de Parkinson

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