Alergia nervosa: médico explica quando a causa da doença é emocional
O fim de um relacionamento amoroso, a perda de um ente querido ou situações de extrema pressão no trabalho são exemplos de situações que podem gerar níveis tão altos de estresse e ansiedade que os sintomas chegam a ser físicos. É assim que surgem as doenças psicossomáticas, que têm origem emocional e não são detectadas por exames convencionais.
De acordo com o psicanalista Alexandre Pedro, da Sociedade Internacional de Psicanálise de São Paulo, crises emocionais intensas podem provocar uma disfunção nos neurotransmissores, gerando uma descarga de adrenalina que afeta a parte fisiológica do organismo, dando origem aos sintomas físicos. Uma das doenças psicossomáticas mais comuns é a alergia nervosa.
O que é alergia nervosa?
Quando o estresse atinge níveis extremos, pode desencadear uma reação do sistema imunológico que causa alergia na pele. Os principais sintomas são erupções cutâneas, inchaço, coceira, irritação, ardência e vermelhidão.
O psicanalista lembra que uma crise alérgica de fundo nervoso pode até causar choque anafilático se não for tratada a tempo. O problema é identificá-la: quando os exames não apontam explicações para a queda na imunidade e o paciente está passando por dificuldades emocionais, o médico pode suspeitar desta condição.
Com tratar alergia nervosa?
A psicoterapia associada à medicação é a melhor forma de tratar reações alérgicas de origem psicossomática, segundo o especialista. Ao perceber que o estresse está afetando a saúde, é importante procurar orientação médica o quanto antes.
"Em casos mais graves, como uma depressão severa, o emocional pode levar o paciente ao suicídio. Daí a importância de procurar ajuda de um profissional de saúde mental, ao menor sinal de que algo não vai bem", alerta o psicanalista Alexandre Pedro.