null: nullpx
celular-Tasaudavel

LED pode causar dano irreversível à visão e crianças têm maior risco, diz governo francês

Publicado 23 Mai 2019 – 02:54 PM EDT | Atualizado 23 Mai 2019 – 02:54 PM EDT
Compartilhar

Um comunicado emitido pela Agência Nacional de Segurança Sanitária da Alimentação, do Meio Ambiente e do Trabalho (ANSES) da França trouxe um alerta sobre os prejuízos que a luz de LED rica em “luz azul” traz à saúde.

De acordo com o relatório publicado pelo órgão francês, o LED oferece uma série de danos ao bem-estar da população, sendo as crianças as mais prejudicadas pela exposição a esse tipo de luz – que pode até causar perdas irreversíveis à visão.

Luz de LED: onde encontrar

Diodos emissores de luz (LED) são as fontes de luz usadas para os sistema de iluminação. Até os anos 1990, os produtos eram composto por luzes de LED vermelhas, amarelas ou verdes, utilizadas principalmente em equipamentos eletrônicos, como controles remotos ou despertadores.

Com o desenvolvimento do LED azul, o uso dessa fonte de luz se ampliou para outros tipos de equipamentos. Isso porque o LED azul, combinado a um outro material (geralmente uma camada de fósforo), é capaz de emitir uma luz branca muito intensa.

Isso levou o LED azul a ser usado em semáforos, luzes de veículos, de casas, de espaços públicos e de equipamentos do cotidiano, como brinquedos, telas de celulares, tablets e computadores.

Segundo a ANSES, quanto mais fria, ou seja, quanto mais intensa a luminosidade do LED, maior a proporção de azul.

Danos da luz de LED

Esta não é a primeira vez que os riscos do LED são apontados pela ANSES. Logo na implantação da tecnologia, em 2010, a agência havia sinalizado a toxidade dessa tecnologia para a retina. A volta do alerta do órgão francês, agora em 2019, acontece após a análise de 600 publicações científicas desde 2010.

Segundo a ANSES, a exposição ao LED pode levar a danos à visão, podendo ser até mesmo irreversíveis. Dentre os riscos possíveis, a agência destaca a perda da visão parcial ou total (cegueira), uma vez que o LED azul é tóxico à retina.

Ficar exposto ao LED azul ainda pode trazer danos ao bem-estar do corpo, uma vez que a regulação do hormônio do sono (melatonina) acaba sendo afetada, perturbando o relógio biológico.

Algumas populações podem sentir, ainda, dores de cabeça e fadiga ocular pela exposição à luz.

Crianças são mais suscetíveis a danos do LED

Em seu relatório, a ANSES traz os alertas sobre os efeitos negativos do LED a todas as pessoas, mas destaca alguns grupos que são mais sensíveis a esse tipo de luz.

Crianças são especialmente mais suscetíveis aos danos do LED azul pela própria estrutura fisiológica dos pequenos.

Segundo a agência, a lente que protege a retina corre mais riscos por ainda estar em desenvolvimento – o que ocorre somente aos 20 anos.

Outras pessoas sensíveis aos danos do LED azul são:

  • Lactantes e grávidas
  • Pessoas sem lente cristalina ou que usam lente artificial
  • Adolescentes
  • Idosos
  • Profissionais muito expostos à iluminação LED
  • Pessoas com problemas oculares
  • Pessoas com distúrbio de sono
  • Pessoas com enxaqueca

Recomendações de segurança para o LED

Ao emitir o alerta sobre os danos que o LED azul proporciona à população, a ANSES trouxe algumas recomendações que podem amenizar os prejuízos da luz.

A agência recomenda, por exemplo, a criação do marco regulatório aplicado a todos os sistemas de LED, além da limitação da intensidade de luz dos faróis de veículos e a minimização do nível de luz emitida em telas de eletrônicos e outros objetos que utilizam o LED.

Além disso, também é recomendado o uso de filtros embutidos em telas de computadores e eletrônicos, além de uso de óculos corretores ou escuros, uma vez que são meios eficazes de proteção contra a fototoxidade da luz azul.

Efeito de eletrônicos à saúde

Compartilhar

Mais conteúdo de interesse