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O que está havendo com Pelé? Doença que gerou internações é mais grave em idosos

Publicado 11 Abr 2019 – 11:39 AM EDT | Atualizado 17 Abr 2019 – 04:45 PM EDT
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Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, precisou recentemente passar por duas internações: uma em Paris e outra, agora, em São Paulo. As hospitalizações repetidas deixaram os admiradores do ex-jogadores preocupadas. Entenda o quadro a seguir

Quadro de saúde de Pelé

De acordo com boletim médico divulgado pelo Hospital Albert Einstein, unidade de saúde onde o ex-jogador está internado, Pelé foi internado em Paris depois de apresentar um quadro de infecção urinária desencadeada por um cálculo no ureter esquerdo.

A infeção já foi tratada, conforme noticiou boletim do Einstein. Em seu Twitter, o ex-jogador de futebol comentou o sobre o tratamento realizado e comemorou os resultados positivos da medicações.

“Os antibióticos estão fazendo efeito e os exames estão todos. Eu estou me sentindo muito melhor e acho que estou pronto para jogar de novo”, comunicou Pelé.

Nos próximos dias, Pelé deve passar por uma cirurgia de remoção da pedra no ureter. A data do procedimento, porém, não foi divulgada pelo hospital.

Infecção urinária

A infeção urinária consiste em um processo infeccioso de crescimento de bactérias que não fazem parte da flora do trato urinário na região e que pode se desenvolver em qualquer parte do sistema, como rim, ureter, bexiga e uretra.

Embora a infeção possa acometer qualquer uma dessas regiões do trato urinário, o mais comum é que ocorra na uretra e na bexiga.

“Por conta da facilidade de penetração das bactérias e dificuldade de ela percorrer o caminho inverso ao fluxo urinário, que vem dos rins, passa pelo ureter, depois pela bexiga e por último pela uretra”, explica o urologista Guilherme Maia.

Cálculo pode desencadear uma infecção

As condições que favorecem a proliferação de bactérias no trato urinário e, consequentemente, a infeção urinária, especialmente a recorrente, são:

  • Intestino preso por muito tempo
  • Presença de cálculos nos rins ou nos ureteres
  • Problemas de esvaziamento da bexiga
  • Fatores hormonais
  • Trauma na região genital

Sintomas da infecção urinária

Ardência ao fazer xixi, urgência e incontinência urinárias, sangue na urina, dor no baixo ventre e perto do púbis, mal-estar e falta de vontade de comer também são sintomas de cistite, nome dado para a infeção que acomete apenas a bexiga.

Quando a infecção afeta outras partes do sistema urinário, outros sintomas que o paciente também costuma apresentar são febre, dor nas costas e fraqueza muscular.

“A pessoa com infecção de urina não precisa apresentar todos os sintomas. Apenas um deles já é indicativo de uma possível infecção. Idosos e diabéticos geralmente têm poucos sintomas”, esclarece Maia.

Idosos: risco de complicações

Algumas pessoas são mais suscetíveis ao desenvolvimento da infeção urinária. As mulheres são as mais propensas a terem esse tipo de doença, por exemplo.

Porém, entre os homens, destacam-se os idosos como os mais propensos a quadros de infeção urinária por dois motivos: aumento da próstata e não esvaziamento total da bexiga ao urinar. Já dois fatores de risco comuns aos dois gêneros são quadros de diabetes e outras infecções prévias.

O problema do desenvolvimento da infeção em idosos é a possibilidade de complicações desencadeadas pela doença por conta do sistema imune e organismo debilitado.

A atriz Rogéria, por exemplo, morreu aos 74 anos em decorrência de uma infecção urinária que se complicou para um quadro de sepse, nome dado para a infecção generalizada.

De acordo com o o urologista Flávio Áreas, do Hospital 9 de Julho, a i nfecção urinária, se não tratada adequadamente, pode levar ao quadro de choque séptico.

"Ela tem potencial de atingir a corrente sanguínea e disseminar a bactéria por todo o corpo, gerando o choque séptico, quadro gravíssimo que pode levar à morte", alerta Áreas.

Tratamento para a infeção urinária

O tratamento da infecção urinária é feita com uso de antibióticos. Em mulheres saudáveis e em idade reprodutiva, a medicação é usada de três a sete dias. Em homens, grávidas, idosas e pessoas com câncer, cálculo renal e diabetes, o tratamento pode levar mais tempo, até 21 dias.

Caso a infeção seja recorrente, é necessário procurar um ginecologista ou urologista para avaliar o que pode ser feito a fim de prevenir a doença ou saber se a recorrência da doença é devido a algum outro problema de saúde.

“É considerado infecção de urina de repetição quando acontece duas ou mais vezes no período de 6 meses ou 3 ou mais vezes dentro de um ano. Nestes casos, é preciso investigar”.

Infecção urinária

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