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Alergia à proteína do leite de vaca é mais comum em bebês: sintomas e como tratar

Publicado 16 Abr 2019 – 06:00 AM EDT | Atualizado 16 Abr 2019 – 06:00 AM EDT
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Tipo de alergia alimentar mais comum em crianças de até dois anos de idade, a alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é caracterizada pela reação do sistema imunológico às proteínas do produto, principalmente à caseína e as proteínas do soro.

APLV: o que é?

A APLV consiste em uma reação do sistema de defesa do organismo às proteínas presentes no leite, como caseína, alfa-lactoalbumina, beta-lactoglobulina.

Quando a pessoa com APLV ingere alimentos que possuem as proteínas do leite, seu sistema de defesa reconhece as substâncias como um corpo estranho e imediatamente libera na corrente sanguínea anticorpos ou células inflamatórias que provocam as reações alérgicas.

Casos de APLV são poucos (estima-se que afete apenas 2% a 3% das crianças menores de 3 anos), mas mais comuns em bebês do que em adultos, ao contrário do que acontece com a intolerância à lactose, uma condição diferente e que não deve ser confundida.

Sintomas

De acordo com informações do Ministério da Saúde, os sintomas de alergia à proteína do leite de vaca podem manifestam de diversas formas e em variadas regiões do corpo, dependendo do paciente. Os sinais mais comuns são:

Sintomas na pele

Sintomas respiratórios

  • Coceira e sensação de garganta fechando
  • Inchaço de glote e laringe
  • Tosse seca irritativa
  • Sensação de aperto na região do tórax
  • Crises de espirro
  • Congestão nasal intensa

Sintomas gastrointestinais

  • Náuseas
  • Vômitos
  • Diarreia
  • Sangue nas fezes
  • Refluxo gastrointestinal
  • Dor abdominal

Sintomas orais

  • Coceira e/ou inchaço dos lábios
  • Inchaço na língua e palato

Sintomas cardiovasculares

  • Dor torácica
  • Arritmia
  • Pressão baixa
  • Choque
  • Sintomas neurológicos
  • Convulsão
  • Sonolência
  • Perda de consciência

Tratamento

O tratamento da APLV, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, deve ser feito com a utilização de fórmulas alimentares com proteína extensamente hidrolisada ou com fórmulas de aminoácido. No caso de aleitamento exclusivo, a mãe deve deixar de consumir leite de vaca e derivados para não afetar o bebê.

Pessoas com a alergia devem manter uma dieta isenta de todos os alimentos que possuem as proteínas do leite. Alguns medicamentos indicados por um profissional de saúde podem ajudar a aliviar os sintomas, mas não funcionam como método para tratar a condição.

É importante ressaltar, no entanto, que os sintomas de APLV tendem a desaparecer naturalmente ao longo dos anos e raramente o paciente sofre com a condição pelo resto da vida.

APLV x Intolerância à lactose: diferenças

A confusão é comum, mas exige esclarecimento: alergia à proteína do leite de vaca não é a mesma coisa que intolerância à lactose, diz a nutricionista Kimielle Cristina Silva Consultora Técnica da Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde.

A APLV é mais rara em adultos e consiste em uma reação do sistema imunológico às proteínas do leite. Já a intolerância à lactose, que é mais frequente em adultos e muito menos comum em crianças, é caracterizada pela incapacidade do organismo em digerir a lactose, o “açúcar” do leite.

A intolerância à lactose é decorrente da deficiência ou da redução da enzima lactase, produzida no intestino delgado e responsável por decompor e absorver este açúcar, explica Joyce Rebouças Passos Mourão, Gerente de Nutrição do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Alergia alimentar em crianças

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