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Síndrome do pânico: identificar 12 sintomas físicos iniciais ajuda a controlar crise

Publicado 16 Abr 2019 – 06:00 AM EDT | Atualizado 16 Abr 2019 – 10:46 AM EDT
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Isolamento social, tristeza e afastamento do trabalho são apenas algumas das possíveis consequências enfrentadas por quem sofre de síndrome do pânico, transtorno que se desenvolve principalmente em adultos jovens, por volta dos 25 anos de idade, mas que pode surgir em qualquer idade.

As mulheres são as maiores vítimas de síndrome do pânico: elas recebem de duas a três vezes mais diagnósticos da condição que os homens. De acordo com Ana Luiza Lourenço Simões Camargo, psiquiatra do Hospital Israelita Albert Einstein, muitas pessoas podem ter síndrome do pânico e não sabem por não reconhecem os sintomas.

Síndrome do pânico: o que é

A síndrome do pânico é caracterizada pela presença recorrente de crises de ansiedade. As condições, portanto, estão intimamente relacionadas. No caso do pânico, surgem episódios repentinos de uma forte sensação de medo, seguida da impressão de que algo muito ruim acontecerá, incluindo o temor da morte.

As causas da síndrome do pânico ainda não são conhecidas, mas sabe-se que alguns fatores de risco podem deixar o sistema de alerta muito ativado, provocando assim as crises. Predisposição genética, estresse elevado, personalidade ansiosa, além de traumas, como abuso sexual na infância, por exemplo, podem desencadear o problema.

Sintomas

O psiquiatra Rafael Brandes Lourenço, da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), afirma que as crises de pânico podem ser conjuntas com a agorafobia, que é o medo de lugares cheios de pessoas, e situações que possam desencadear os sintomas, que podem ser físicos e emocionais.

Sintomas físicos

  • Palpitação ou taquicardia
  • Suor excessivo
  • Tremores
  • Falta de ar ou sensação de sufocamento
  • Dor ou incômodo no tórax
  • Enjoo
  • Desconforto no abdômen
  • Tontura, instabilidade ou vertigem
  • Desmaio
  • Boca seca
  • Calafrio ou ondas de calor
  • Formigamento ou sensação de anestesia

Sintomas emocionais

  • Sensação de irrealidade
  • Despersonalização ou indiferença
  • Medo de enlouquecer
  • Medo irracional de adoecer ou morrer

Como controlar uma crise

Uma crise de pânico pode ocorrer em qualquer circunstância ou por ataques esperados - em que já é sabido que determinada situação é um fator desencadeante. A periodicidade e a duração dos ataques variam para cada paciente.

Ao sentir que está prestes a vivenciar uma crise de pânico, é recomendável que a pessoa tente controlar a respiração, inspirando e soltando o ar profunda e lentamente. O método é simples, mas bastante eficaz, pois melhora a consciência física e emocional, além de ajudar a diminuir a frequência cardíaca.

Durante uma crise de pânico, o paciente deve, se possível, relaxar a mente e o corpo, evitando atividades físicas que exigem esforço muscular e buscando ambientes calmos e silencioso para se sentir mais seguro e tranquilo.

Tratamento

O tratamento para a síndrome do pânico consiste nos cuidados da doença em si e dos problemas que podem estar associados, como a depressão, por exemplo. O paciente pode ser orientado pelo psiquiatra a fazer uso de medicamentos antidepressivos e ansiolíticos, além de manter uma rotina de sessões com um psicólogo.

A psicoterapia ajuda a identificar problemas pessoais e até mesmo a reconhecer os gatilhos das crises, facilitando o autoconhecimento e, consequentemente, reduzindo os ataques de pânico.

Síndrome do pânico

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