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Crise de ansiedade: 14 sintomas (dos mais sutis aos severos) para identificar

Publicado 13 Abr 2019 – 09:00 AM EDT | Atualizado 13 Abr 2019 – 09:00 AM EDT
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O Brasil é o segundo país no mundo com a maior taxa de prevalência de ansiedade crônica, transtorno patológico caracterizado, basicamente, por medo desproporcional diante de situações que se está vivenciando, explica Antônio Hélio Guerra Vieira Filho, psiquiatra no Hospital Sírio-Libanês.

A ansiedade, quando não tratada, pode afetar a saúde física e emocional do paciente, causando afastamento do trabalho, problemas familiares, isolamento social e comprometimento, como um todo, do bem-estar do indivíduo.

Crise de ansiedade: o que é

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), da Associação Americana de Psiquiatria, o transtorno de ansiedade é uma doença caracterizada por sentimentos exagerados de medo e antecipação.

Uma crise de ansiedade pode ocorrer quando a pessoa, mesmo sem perceber ou querer, passa a antecipar situações preocupantes e buscar soluções para problemas que sequer existem. Como consequência, o paciente apresenta sinais psíquicos e físicos, frutos do esforço que o corpo tem de fazer para se manter em estado de alerta.

Crises de ansiedade podem surgir de forma inesperada, causando então maior tensão e angústia em pessoas que já sofrem do transtorno. Aprender a identificar os sintomas iniciais é muito importante para minimizar o problema e o sofrimento.

Como identificar: sintomas

Os sintomas de ansiedade podem ser físicos e emocionais e nem sempre são facilmente identificados, já que se apresentam em diferentes intensidades. Os sinais iniciais mais comuns da condição, de acordo com o Hospital Infantil Sabará, incluem:

Sintomas sutis

  • Aceleração do ritmo cardíaco
  • Suor excessivo (especialmente nas palmas das mãos)
  • Boca seca
  • Tremores
  • Tensão muscular
  • Falta de ar
  • Inquietação, irritabilidade e impaciência sem motivos
  • Problemas de concentração

Sintomas severos

  • Preocupação excessiva e sem motivos
  • Medo, pânico e sentimento de perigo iminente
  • Tontura e desmaio
  • Náusea ou vômito
  • Diarreia e/ou constipação
  • Pensamentos obsessivos e indesejados

Sintomas que outras pessoas identificam

Familiares, amigos e pessoas próximas podem ajudar a identificar quando uma pessoa está sofrendo de crise de ansiedade, sendo os sinais óbvios ou não. Os sintomas mais claros seriam a presença de tremores, suor excessivo, desmaios e vômitos, por exemplo.

É possível ainda notar quando uma pessoa está vivenciando uma crise de ansiedade quando ela apresenta inquietação, impaciência e irritabilidade sem motivo, relata pensamentos obsessivos, se queixa de falta de ar e demonstra grande preocupação e medo em situações que não indicam qualquer perigo.

Crise de ansiedade: o que fazer

Exercícios simples para controlar uma crise ansiedade, como técnicas de respiração, promovem relaxamento corporal e mental e podem ser bastante úteis para se livrar rapidamente dos desconfortos e sintomas.

Durante uma crise de ansiedade, o paciente deve, se possível, fugir do que o confronta, deixando o local em que está e buscando um ambiente calmo e, de preferência, aberto e sem aglomeração de pessoas.

O isolamento total, no entanto, pode não ser uma boa opção para algumas pessoas. Contar com a ajuda de um amigo ou familiar de confiança pode ser fundamental para driblar uma crise de ansiedade.

Como ajudar

Se você está próximo a alguém que apresenta sinais de uma crise de ansiedade, procure ficar calmo e não demonstrar nervosismo ou preocupação exagerada, o que pode deixar o paciente ainda mais ansioso e piorar a situação.

Deixe claro que você está disposto a ajudar e leve a pessoa a um lugar tranquilo, caminhando sem pressa, lembrando que as crises são sempre passageiras e que tudo ficará bem. Converse com o indivíduo, mas sem fazer muitas perguntas, especialmente relacionadas ao problema. Respeite as dificuldades da pessoa, sem minimizar ou desvalorizar a condição.

Cuide da pessoa de forma afetuosa, sem parecer que está realizando um trabalho ou uma obrigação. Evite ainda fazer cobranças por melhoras ou pressionar por determinadas atitudes, que podem piorar a crise. Faça com que o paciente entenda que precisa de ajuda e que você está por perto quando ela precisar, transmitindo segurança e atenção.

Tratamento

Mesmo aprendendo a contornar as crises, o paciente que sofre de ansiedade deve realizar um tratamento a longo prazo, orientado por um psiquiatra. O profissional, em alguns casos, pode indicar o uso de medicamentos e/ou psicoterapia. O tempo de tratamento, assim como os remédios a serem tomados, deve ser estabelecido pelo médico.

As sessões regulares de psicoterapia têm papel fundamental no tratamento contra a ansiedade, pois enfatiza os pensamentos, sentimentos e comportamentos que possuem grande impacto na condição.

Quem sofre de ansiedade pode ainda, como medida complementar, experimentar terapias alternativas com aromaterapia, cromoterapia e acupuntura, por exemplo. A prática de atividades físicas e a manutenção de uma dieta equilibrada também ajudam a combater o problema a longo prazo.

No dia a dia, uma forma de evitar crises de ansiedade é manter uma rotina organizada, que reduz as chances de imprevistos que podem acentuar a condição. Por fim, quando surgirem preocupações resultantes da ansiedade, seja generoso consigo mesmo e não exija comportamentos que ultrapassem seus limites. Procure ainda monitorar se suas atitudes são resultado de sua própria vontade ou se é fruto de expectativas de outras pessoas.

Como evitar e combater crises de ansiedade

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