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Ginecologista detecta doença ‘embaraçosa’ em atriz e ela decide falar para quebrar tabu

Publicado 29 Mar 2019 – 05:49 PM EDT | Atualizado 29 Mar 2019 – 05:49 PM EDT
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Há pouco mais de um ano, Marcia Cross, da série "Desperate Housewives”, foi diagnosticada com um tipo raro de doença: o câncer anal.

Em entrevista recente à revista People, Marcia decidiu falar abertamente sobre a enfermidade que lhe acometeu e sobre a ideia de tirar o tabu que envolve a doença.

Marcia Cross falou abertamente sobre câncer anal

Em novembro de 2017, um câncer anal foi descoberto em Marcia por meio de um exame retal enquanto fazia um check up de rotina com seu ginecologista.

Para a confirmação da doença, a atriz ainda realizou duas biópsias que deram como certo a presença do tumor.

Segundo Marcia contou à "People", não foi recomendado a ela a realização de cirurgia para a remoção do tumor, sendo necessário apenas sessões de quimioterapia e radioterapia em seu tratamento.

Há um ano Marcia encontra-se no período de remissão, fase do câncer em que o paciente sem evidência da doença e fica em observação para evitar seu retorno.

Praticamente curada, Marcia busca conscientizar as pessoas sobre os sintomas desse tipo de câncer o estigma que ele carrega.

“Leio muitas histórias de sobreviventes de câncer e muitas pessoas, mulheres especialmente, ficam envergonhadas de dizer que tipo de câncer tiveram. Quero que isso acabe.”

Câncer anal

O câncer anal pode ocorrer em duas regiões: no canal ou nas bordas externas do ânus.

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), trata-se de um câncer raro, que representa apenas de 1 a 2% dos tumores colorretais, e cuja ocorrência é maior em mulheres do que em homens.

Sintomas do câncer anal

Os sintomas mais comuns e que servem de alerta sobre o câncer anal são:

  • Sangramento com dor durante a evacuação (o mais comum relacionado à doença)
  • Coceira
  • Ardor no ânus
  • Secreções incomuns
  • Feridas na região anal
  • Incontinência fecal

Fatores de risco

O desenvolvimento do câncer anal está associado a alguns fatores de risco, mas não necessariamente está ligado apenas a eles. Destacam-se:

  • Faixa etária: pessoa acima de 50 anos
  • Tabagismo
  • DSTs como gonorreia, herpes genital, clamídia e condilomatose
  • Infecções, como as causadas pelo HPV e pelo HIV
  • Prática do sexo anal
  • Fístula anal crônica (ligação anormal entre a superfície do canal anal e o tecido em volta do ânus, que gera uma secreção purulenta)
  • Pacientes imunodeprimidos que se submeteram a transplantes de rim ou coração
  • Falta de higiene no local
  • Irritação crônica do ânus

Tratamento

Quanto mais cedo a descoberta do câncer, maior a chance de sua cura. Segundo a Sociedade Americana de Câncer, a chance de cura é de 80% em pessoas que diagnosticaram a doença em seus cinco primeiros anos.

Normalmente, o diagnóstico do câncer anal envolve exames clínicos, laboratoriais e radiológicos feitos em pessoas com ou sem os sintomas.

O tratamento mais comum do câncer é feito com sessões de radioterapia e quimioterapia, especialmente casos de tumores na borda anal.

Quando o paciente não responde bem aos procedimentos, é recomendado a ele a cirurgia de remoção do tumor.

Prevenção

Para revenir o câncer anal, o recomendado é priorizar uma dieta rica em frutas para ajudar na evacuação e não criar machucados na região.

Também é válido evitar o sedentarismo. De acordo com informações do Hospital Albert Einstein, praticar atividades físicas pode reduzir as chances de câncer, em geral.

É valido também usar preservativos em todas as relações sexuais, já que DSTs estão relacionada ao surgimento de tumores na região anal.

Cânceres raros

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