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Após descobrir síndrome rara no Carnaval, ator nos lembra o que realmente importa

Publicado 11 Mar 2019 – 12:51 PM EDT | Atualizado 11 Mar 2019 – 03:08 PM EDT
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A vida, às vezes, imita a arte. Ou, pelo menos, traz algumas coincidências capazes de nos surpreender. É o que tem experimentado o ator Dan Ferreira, que, durante o Carnaval, foi diagnosticado com a mesma síndrome rara tão discutida na novela “Segundo Sol”, trama da qual recentemente o artista participou na Rede Globo.

Apesar da descoberta do atual quadro clínico, Dan não se mostra amedrontado com o que pode enfrentar daqui para frente. Pelo contrário. O ator tem é nos ajudado a lembrar o que é importante na vida.

Síndrome rara do ator Dan Ferreira

No último dia 28 de fevereiro, véspera de Carnaval, Dan sentiu um mal-estar acompanhado de fraqueza nas pernas ao desembarcar em Salvador, na Bahia.

Segundo informações divulgadas pela sua assessoria de imprensa, o ator se encaminhou para o hospital Cardio Pulmonar, na capital baiana, onde recebeu atendimento médico e exames foram realizados.

Na unidade médica, foi diagnosticado que Dan apresenta a rara síndrome de Guillan-Barré – a mesma que acometeu Rochelle, personagem interpretada por Giovanna Lancellotti com quem Acácio, personagem de Ferreira, se relacionou em “Segundo Sol”.

“Foi um susto. Mas estou na companhia da minha família, que é o que nos dá força, entendendo o que deve ser feito para estar melhor. Muitas pessoas são surpreendidas assim como eu, e quanto mais cedo o diagnóstico, mais tranquilo o tratamento. Já já eu saio dessa”, disse o ator em comunicado enviado à imprensa, demonstrando seu otimismo.

Recado emocionante

A positividade de Dan foi renovada em uma publicação recente compartilhada no Instagram do ator.

Na rede social, Dan publicou uma foto de uma paisagem que mescla uma faixa de céu com outra de água e nos lembra o que realmente importa na vida: dar valor a ela enquanto estamos vivos.

“A vida é muito grande. Como é bom estar vivo. Obrigado, obrigado, muito obrigado.”

Síndrome de Guillan-Barré: entenda

A síndrome de Guillan-Barré é uma condição médica rara autoimune que atinge o sistema nervoso. A síndrome faz com que o sistema imunológico ataque o sistema nervoso periférico, que tem como objetivo ligar o sistema nervoso central a todas as partes do corpo. Quando afetado, há fraqueza, perda de sensibilidade e/ou paralisia de determinadas partes do corpo.

Em casos graves, a síndrome pode acarretar complicações como insuficiência respiratória, desregular o sistema nervoso e provocar engasgamento – ou pneumonia por dificuldade de deglutição.

Não se sabe ao certo o que leva ao desencadeamento da síndrome. Há teorias que associam a condição a patologias, cânceres, infecções, cirurgias e vacinas – já que estimulam o sistema imunológico a fabricar anticorpos que atacam o sistema nervoso periférico do indivíduo.

O que se sabe é que o vírus da Zika pode desencadear a síndrome de Guillan-Barré. A relação entre a vacina da gripe e a síndrome, entretanto, é pouco comentada por se tratar de um efeito colateral raro da imunização contra H1N1.

“Assim como outras vacinas, ela aumenta o risco de desenvolver a síndrome. Porém, o risco é de aproximadamente 1 caso para cada 1 milhão de doses”, explica Fábio Porto, neurologista do Hospital Moriah. Além disso, a própria doença gripe H1N1 pode causar o problema.

Sintomas

Os principais sintomas da Guillan-Barré são fraqueza e perda de sensibilidade. “Elas começam de repente e evoluem em pouco tempo. Se você apresenta este ou os demais sintomas, busque um médico imediatamente”, alerta Porto.

Dor radicular de caráter agudo (resultante da interferência nos nervos e que pode vir junto com queimação, pouca sensibilidade ou formigamento), câimbras, variação da pressão arterial, contração das pupilas, arritmias cardíacas, dificuldade para respirar, fraqueza da musculatura da face e dificuldade para engolir são outras manifestações da síndrome.

Tratamento

O tratamento da Guillan-Barré é capaz de amenizar os sintomas, devolvendo movimentos lesados ao paciente.

Para isso, o tratamento para a síndrome envolve acompanhamento periódico com neurologista, medicamentos e outras três medidas que ajudam no processo – já que trata-se de uma condição sem cura.

Uma delas é a injeção de imunoglobina, um anticorpo inserido no organismo e que ajuda o corpo a se defender contra o ataque a seu sistema nervoso.

A segunda é a plasmaférese, uma técnica de filtragem do sangue similar à hemodiálise que auxilia a reduzir a quantidade de organismos que atacam os nervos.

A última medida, por fim, é a fisioterapia, que pode ajudar na recuperação dos movimentos comprometidos pela síndrome, assim como na função dos nervos afetados pela condição.

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