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Maísa deu lição sobre DST em muito adulto no auge de seus 16 anos

Publicado 19 Fev 2019 – 03:08 PM EST | Atualizado 19 Fev 2019 – 03:08 PM EST
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Com apenas 16 anos, Maísa Silva demostra muita maturidade para lidar com assuntos considerados sérios para uma adolescente de sua idade.

Dessa vez, a atriz utilizou o perfil que mantém no Twitter para dar uma grande lição sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, as DSTs e mostrou que é capaz de falar com mais propriedade sobre o tema do que muito adulto.

Maísa sobre DSTs

Usuária assídua das redes sociais, Maísa tem costume de opinar no Twitter ou em outros canais da internet sobre os assuntos do momento. Nesta semana, um dos debates que movimentaram o perfil dela foi a informação sobre o aumento de casos de HIV entre jovens nos últimos dez anos.

Segundo informações do Boletim Epidemiológico HIV Aids 2018, produzido pelo Ministério da Saúde, o aumento de notificações de HIV entre pessoas de 15 a 24 anos aumentou em aproximadamente 700%.

Sobre o assunto que veiculou na imprensa nacional, Maísa não deixou de mostrar sua indignação sobre o aumento da transmissão do vírus HIV e opinou sobre o que pode ter levado a essa curva de crescimento.

Para a atriz, um dos motivos que levaram ao aumento da transmissão deve-se ao desprezo de muitas pessoas pelo uso de métodos contraceptivos de barreira durante o sexo.

“Tá todo mundo desinformado e achando que só os métodos contraceptivos já são ‘demais’. Muito preocupante isso. Eu, como adolescente reconheço que ouço MUITAS pessoas desprezando o preservativo por conta de pílula entre outros métodos...”, pontou Maísa.

Ao comentar um tweet de um seguidor, Maísa lembrou que é muito comum que a contracepção seja lembrada apenas como técnicas de prevenção da gravidez e não da transmissão de DSTs. “Muito triste e preocupante”

Outro ponto comentado por Maísa sobre a prática do sexo desprotegido em relações entre homem e mulher é o costume de muitas recorrerem frequentemente ao uso da pílula do dia seguinte – novamente a gravidez sendo a única preocupação durante o sexo.

“Sendo que pílula do dia seguinte não foi feita para ser pílula anticoncepcional como muitas pessoas pensam.”

Ao encerrar sua reflexão e a conversa que teve com seus seguidores sobre proteção durante o sexo, Maísa fez uma consideração sobre um engano muito comum em relacionamentos.

Uma internauta rebateu a crítica da atriz sobre a negligência no uso de métodos contraceptivos argumentando que para a solução do problema basta ter uma pessoa “para partilhar a vida e sua intimidade.”

Maísa lembrou que ter um(a) parceiro(a) não é uma garantia eficaz para a questão. “Primeiro porque pode existir infidelidade (me desculpe a sinceridade). Segundo porque confiança não deveria ser um método de proteção.”

DSTs: camisinha é única forma de prevenir

Doenças Sexualmente Transmissíveis, as DSTs, consistem em um grupo de doenças transmitidas, principalmente, por contato sexual sem o uso de preservativo.

A diversidade de DSTs é grande. Só entre as variedades de vírus do HPV são cerca de 100 tipos. Desse modo, cada doença desenvolve sintomas próprios e os métodos de prevenção que podem variar.

Entretanto, em todas é válido lembrar que usar métodos que previnem apenas a gravidez (como a pílula anticoncepcional, os DIUs, implante e injeção hormonais, etc.) não basta para evitar a transmissão da DST. O uso da camisinha é a única forma de evitar o contágio das doenças venéreas.

Afinal, prevenir uma gestação e, simultaneamente, evitar o contágio de doenças é exatamente o que os médicos mais indicam na hora do sexo. “É a chamada dupla proteção: contra gravidez e DST”, enfatiza Renato de Oliveira, ginecologista responsável pela área de reprodução humana da Criogênesis.

DST: sintomas e prevenção

HPV

A transmissão do papiloma vírus humano, ou HPV, acontece por via sexual, inclusive pelo sexo oral. No entanto, nem sempre a pessoa infectada apresenta sintomas aparentes. Em alguns casos, o vírus é eliminado espontaneamente antes que a pessoa saiba que está infectada.

Hoje em dia já existem vacinas capazes de proteger dos dois tipos de vírus que mais frequentemente causam câncer de colo de útero. Porém, o uso da camisinha ainda é a melhor forma de prevenir a doença.

Cancro mole

O cancro é uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Haemophilus ducreyi que causa feridas região genital, febre, dor de cabeça e fraqueza. É muito mais comum nos homens do que nas mulheres. Sua prevenção é feita com camisinhas.

Mycoplasma genitalium

A bactéria MG foi identificada pela primeira vez nos anos 1980, mas a dificuldade em estudá-la impossibilitou por muito tempo a determinação do seu meio de contágio.

Mulheres infectadas com a bactéria têm com sintoma mais chance de ocorrer sangramento após o sexo. No entanto, vale lembrar que 94% dos homens e 56% das mulheres com a bactéria MG analisadas em um estudo britânico não tinham qualquer sintoma de sua presença. Para evitar a transmissão, o uso de camisinha é imprescindível

Gonorreia

Causada por uma bactéria, a gonorreia é uma infecção que, quando não tratada, pode se desenvolver e acarretar, entre outros problemas, em doença inflamatória pélvica, gravidez ectópica (fora do útero) e infertilidade feminina.

Nos homens, pode levar à epididimite, uma condição dolorosa dos vasos ligados aos testículos, que também podem causar infertilidade. A melhor maneira de evitar a transmissão é usando camisinha, inclusive, no sexo oral.

Clamídia

Também causada por uma bactéria, a clamídia causa, em mulheres, corrimento vaginal, forte odor e ardência para urinar, enquanto nos homens, pode ser percebida uma secreção na glande do pênis. Em alguns casos também aparecem pequenos caroços na virilha.

Em casos de complicações, há ocorrências de infertilidade, aborto ou, em casos mais graves, até a morte. Contudo, são situações muito raras. O preservativo é o método eficaz de prevenção para a doença..

Sífilis

Outra infecção bacteriana, a sífilis causa feridas nos genitais e caroços na virilha aproximadamente duas semanas após o sexo desprotegido com alguém infectado.

Na terceira fase da doença, as marcas podem sumir, mas ainda há risco de contaminação. A melhor forma de evitá-la é com uso de camisinha tanto no sexo oral, anal e vaginal.

Aids

Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, a AIDS é a doença gerada pelo vírus HIV. O agente infeccioso é encontrado nos espermas, no sangue, leite materno e na secreção vaginal das pessoas infectadas.

Após o contágio, a Aids pode demorar até 10 anos para se manifestar, e nesse tempo, ela pode ser transmitida sem a pessoa saber que tem o vírus dentro dela. Por isso, o exame de rotina anual é essencial para o diagnóstico precoce da doença, e o uso do preservativo, fundamental para evitar o contágio.

Herpes

Na maioria das vezes, o herpes genital é transmitido através do contato sexual. Vale lembrar, porém, que é possível transmitir o vírus mesmo estando sem as lesões ativas. Assim, quem teve história de herpes genital, mesmo que nunca mais tenha apresentado nenhum sintoma, também é capaz de contaminar outras pessoas.

Quando a doença se desenvolve, a herpes gera erupção vermelha e dolorosa na região da vulva, vagina ou ânus, com pequenas bolhas que coçam muito, estouram liberando pequena quantidade de líquido e cicatrizam. Para preveni a transmissão do vírus, o melhor método é o uso da camisinha.

Hepatite B

A hepatite B é uma doença sexualmente transmissível, mas também pode ser transmitida pelo contato com sangue e por materiais cortantes contaminados, como alicate de unha.

Por isso, para prevenir a doença, além do uso da camisinha em todas as relações sexuais, não se deve compartilhar escova de dente, alicates de unha, lâminas de barbear ou depilar.

Tricomoníase

Infecção causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, a Tricomoníase ataca o colo do útero, a vagina e a uretra. Além do corrimento esverdeado ou amarelo-esverdeado, dor durante o sexo, ardência ao urinar e coceira na vagina são alguns dos sintomas da doença. A tricomoníase pode ser transmitida através de relações sexuais sem camisinha.

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