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Lábio leporino: quais são as causas? É hereditário? Como é o tratamento

Publicado 20 Abr 2019 – 12:00 PM EDT | Atualizado 20 Abr 2019 – 12:00 PM EDT
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O lábio leporino é uma fissura decorrente da má formação do lábio e/ou palato ainda antes do bebê nascer. Essa condição é marcada por uma abertura, geralmente, no lado esquerdo e direito do lábio - de maneira que ambas as partes não se juntam e formam uma linha vertical aberta. Também chamada de fissura labiopalatal, essa anomalia afeta a fala e até mesmo a sucção do leite materno.

Lábio Leporino: o que saber

É um problema genético?

Acredita-se que o lábio leporino ocorra devido à predisposição genética do feto associada a fatores ambientais durante a gravidez, como consumo de bebidas alcoólicas, fumo e uso de medicamentos como corticoides e anticonvulsivantes.

Como saber quando a criança ter?

Segundo Dr. Paulo Marinho, ginecologista e obstetra da Perinatal, é possível descobrir se o bebê terá essa malformação ainda na barriga da mãe. Dependendo do tamanho da fissura, o diagnóstico pode ser feito no pré-natal, por meio de ultrassom. Durante o exame, que geralmente é realizado a partir da 20ª semana de gestação, são analisadas diversas áreas do corpo do bebê – inclusive possíveis lesões nos lábios.

Mas, de acordo com o médico, em alguns casos essa anomalia não é percebida. Ele explica que, em casos raros, as lesões podem passar despercebidas por serem pequenas ou pelo bebê estar em uma posição desfavorável no momento do exame. No entanto, na hora do parto são identificadas.

Tratamento

Ainda de acordo com Marinho, recomenda-se que a malformação seja corrigida o mais rapidamente possível. Ele explica que alguns procedimentos podem começar já nas primeiras horas de vida, como a colocação de placa moldada no céu da boca do bebê.“Essa intervenção não cirúrgica irá permitir que o bebê respire com mais facilidade, e muitas vezes consiga mamar ao seio, ou em mamadeira, com um menor risco de aspirar alimentos para o pulmão.

Como é a cirurgia?

Os procedimentos cirúrgicos são indicados após os três meses de vida e consiste em uma série de cirurgias que buscam corrigir a fissura palatina, reconstituir o lábio superior e reposicionar o nariz. A cirurgia assegura a integridade da estrutura óssea, a funcionalidade da musculatura da boca e face, além de evitar a voz anasalada e deficiências na respiração. Contudo, o número de operações depende do crescimento e da idade do paciente, bem como das estruturas envolvidas, como nariz, lábios e céu da boca.

O tratamento do lábio leporino leva de 16 a 20 anos para ser concluído e, durante a reabilitação, o crescimento dos ossos do crânio da face devem ser observados com atenção para que a pessoa não fique com sequelas, como crescimento inadequado dos ossos craniofaciais.

Pós-tratamento

A criança com lábio leporino deverá ser acompanhada por diversos profissionais de áreas como fonoaudiologia, cirurgia plástica, odontologia e psicologia. A atuação da equipe multidisciplinar é fundamental para estimular o desenvolvimento adequado da estrutura ortodôntica e evitar distúrbios respiratórios, infecções crônicas, má nutrição e problemas na dentição.

Doenças genéticas

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