4 odores vaginais que toda mulher deve saber reconhecer pelo bem de sua saúde
A região íntima da mulher naturalmente emana um odor característico, resultado da liberação de secreções importantes para manter o canal vaginal livre de agentes infecciosos.
Segundo Fabio Rios, ginecologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, uma vagina saudável tem um odor levemente ácido e adocicado, devido ao ácido lático produzido pelos bacilos de doderline, principal componente da flora vaginal normal.
Em alguns períodos da vida, no entanto, a mulher pode apresentar odores vaginais que fogem do padrão e precisam ser reconhecidos para evitar complicações de saúde. Aprenda a identificar cheiros diferentes na região íntima e conheça suas possíveis causas:
Cheiro ruim na vagina: o que pode ser?
1. Um cheiro muito forte e desagradável na vagina, se acompanhado por febre alta, dores abdominais e desconfortos durante o sexo pode indicar um quadro de doença inflamatória pélvica. A condição é frequentemente causada por ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) como gonorreia e clamídia e pode causar infertilidade e dor crônica se não for tratada.
2. Se a vagina apresenta um cheiro forte semelhante ao de peixe podre, pode ser indício de alguma infecção. Caso o odor aumentar após o sexo ou for acompanhado por um aumento na secreção, pode sinalizar uma vaginose bacteriana, condição caracterizada por um supercrescimento de bactérias que perturba o equilíbrio do pH da vagina.
Quando o cheiro de peixe podre na vagina é acompanhado por corrimento esverdeado e dores ao fazer xixi, a mulher pode estar com tricomoníase, uma infecção sexualmente transmissível comum.
3. A vagina ainda pode apresentar um odor diferente, levemente metálico, durante o ciclo menstrual. Neste caso não é preciso se preocupar, já que o cheiro está relacionado apenas ao sangue da menstruação.
4. Um odor íntimo semelhante a algo fermentado, acompanhado por corrimento parecido com queijo cottage, pode indicar crescimento excessivo de fungos que naturalmente se acumulam na vagina, mas que podem sair do controle pelo uso de lubrificantes, espermicidas ou mesmo medicamentos antibióticos.
A maioria das infecções do gênero pode ser tratada facilmente com medicamentos antifúngicos e não representa grandes complicações para a saúde da mulher.
A primeira medida a tomar ao notar mudanças nas características na região genital é consultar um ginecologista para descobrir a motivo das alterações no cheiro e secreção vaginal, além de conhecer o tratamento mais adequado para o caso - o que pode incluir uso de antibióticos, cremes vaginais, entre outros produtos, para quadros de doenças genitais.
Cuidados com a saúde da vagina
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