O que acontece com o absorvente interno se você esquecê-lo dentro do corpo?
Apesar de prático, simples de usar e seguro, o absorvente interno ainda desperta muitas dúvidas e pode até provocar problemas de saúde se não for corretamente utilizado. Um dos maiores medos de quem usa este tipo de absorvente é ele ser esquecido ou perdido dentro do corpo.
Absorvente interno esquecido dentro do corpo
Ficar com um absorvente interno preso ou esquecido dentro do corpo é mais comum e muito menos assustador do que você imagina. De acordo com o ginecologista e obstetra Antonio Paulo Stockler, membro da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro, não há risco de perder o absorvente dentro do corpo
O médico explica que o absorvente não tem para onde ir, pois não existe comunicação da vagina com a cavidade abdominal. No colo do útero existe apenas um pequeno orifício que comunica a vagina com o interior do útero.
Ficar muito tempo com o absorvente, no entanto, pode causar a Síndrome do Choque Tóxico, uma doença rara, porém bastante grave, que pode levar a complicações, anemia, amputação de membros e até à morte.
A Síndrome do Choque Tóxico (SCT) é causada por toxinas produzidas pela bactéria Staphylococcus aureus, que existe normalmente no corpo da mulher, mas quando sua proliferação é intensa, toxinas são produzidas em excesso, causando a SCT. E justamente o uso prolongado de absorvente interno favorece essa rápida multiplicação.
Os sintomas de Síndrome do Choque Tóxico são: febre alta, dor de cabeça e de garganta, olhos avermelhados, cansaço extremo, diarreia, vômitos, além de confusão mental e tontura. Cerca de 48 horas após os sinais iniciais, a mulher pode entrar em estado de choque.
Como tirar o absorvente interno preso no corpo
Se o absorvente interno ficar preso dentro do corpo a mulher deve tentar retirá-lo utilizando os próprios dedos, sem nunca inserir qualquer objeto dentro do corpo, alerta o ginecologista. Use o dedo indicador e médio ou indicador e polegar como uma espécie de pinça para puxá-lo em direção à saída da vagina.
É importante lembrar que tanto o absorvente interno quanto o externo devem ser trocados a cada quatro horas, independentemente do fluxo da mulher.
Além de evitar um problema grave como a Síndrome do Choque Tóxico, a troca regular minimiza riscos de infecções, ressecamento e feridas na parede interna da vagina, evita alteração do pH vaginal e mau cheiro na região íntima.