null: nullpx
beleza-Tasaudavel

Como tratamento antirruga deixou pele de modelo assim? Entenda e saiba cuidados

Publicado 8 Jan 2019 – 03:19 PM EST | Atualizado 8 Jan 2019 – 03:19 PM EST
Compartilhar

A modelo Alexandra Cane, ex-participante do reality show Love Island, surpreendeu a todos ao revelar o efeito que um procedimento estético antirrugas causou em seu rosto.

Nos Stories do Instagram, a britânica mostrou o rosto inteiro extremamente avermelhado e com uma crosta de tecido lesionado. Segundo ela, o incidente foi resultado de um tratamento feito com laser de CO2 fracionado, bastante popular para eliminar rugas e estrias.

A modelo ainda disse que sentiu muita dor no rosto logo após a queimadura e que sua pele deve levar de três a cinco meses para se normalizar completamente.

Apesar do resultado espantoso que a técnica provocou em Cane, as dermatologistas Alexandra Pedra e Cal, do Espaço Médico Brasil, e Claudia Sá explicam que o laser de CO2 fracionado é seguro e só gera complicações caso seja aplicado de forma incorreta. A seguir, entenda melhor o procedimento.

Laser de CO2 fracionado

O que é e como funciona

O laser de CO2 fracionado é um procedimento estético muito procurado no tratamento de manchas faciais, estrias, rugas, entre outras marcas dérmicas.

A técnica funciona a partir de um laser ablativo com afinidade pela água tecidual do corpo e que promove microperfurações profundas na pele, obrigando a camada que sobrou ao redor a produzir colágeno para tentar recuperar o que foi destruído.

“Quando os raios atingem a pele, geram seu aquecimento e vaporização da água, provocando a ablação. O calor no local pode se espalhar para células vizinhas. Atualmente, usamos o laser de CO2 fracionado, que gera lesões localizadas na pele, preservando área de pele intacta ao redor. É como se os raios passassem por uma peneira e as lesões acontecessem nas áreas abertas da peneira”, explica a médica.

Por que o rosto de famosa ficou tão lesionado?

De acordo com a dermatologista, o grau de lesão pode ser maior ou menor dependendo de como o profissional aplica o laser.

“Alguns fatores, como a ponteira do laser, o tamanho e o espaçamento entre os tiros e o número de repassadas do laser na pele, podem transformar um laser fracionado em não-fracionado e, portanto, mais agressivo. É como se tirassem a peneira da frente dos raios que vêm do laser”, diz Alexandra.

Já a dermatologista Claudia Sá afirma que, da forma como é aplicado hoje em dia, o laser de CO2 fracionado dificilmente causa danos como os observados na modelo. “O laser de CO2 geralmente não deixa tanta umidade no rosto, apenas se houver infecção secundária vários dias após uma sessão bem intensa”, explica.

Segundo ela, na década de 1990, o CO2 ainda não era aplicado de forma fracionada, mas sim em jatos homogêneos, que são muito mais abrasivos. Assim, caso seja aplicado desta forma, há o risco de lesão como a observada na modelo.

“Porém, pelo tipo de pele morena e com este edema [inchaço] e umidade, é mais provável que tenha sido realizado o laser de erbio, e não o CO2 fracionado. Caso seja um resultado após 24 horas de um erbio, está dentro do esperado para o procedimento. Fica realmente com um aspecto bem ‘feio’ para quem não conhece, mas depois o inchaço vai desaparecendo, as crostas vão secando e tudo volta ao normal em cerca de cinco a sete dias”, diz Claudia.

Outro fator determinante, segundo Alexandra, é a preparação do rosto. “A pele também deve estar limpa e livre de resíduos, como maquiagem e protetores solares no dia do procedimento, a fim de evitar queimaduras”, exemplifica.

Contraindicação

Não são todos que podem realizar tratamentos com o laser de CO2 fracionado. Pessoas com infecção ativa na pele, com a herpes, quem está com a pele bronzeada, gestantes e pacientes com sensibilidade à luz, como os portadores de lúpus e pênfigo, se enquadram em casos de indivíduos contraindicados à técnica.

Laser de CO2 fracionado: riscos e cuidados

De acordo com a dermatologista Juliana Toma, por ser um laser ablativo, é comum que a pele do paciente apresente vermelhidão e inchaço, principalmente nos primeiros dias de tratamento.

“Algumas complicações são descritas na literatura médica, como infecções bacteriana, viral e fúngica, formação de cicatriz, hiperpigmentação transitória, hipopigmentação (manchas claras) permanente de início tardio”, complementa Juliana.

Em caso de complicações, é importante procurar o médico responsável pelo procedimento para que ele possa indicar os melhores cuidados com a pele.

Porém, os cuidados no pós-procedimento envolvem principalmente não tomar sol, aplicar compressas geladas, hidratantes específicos indicados pelo dermatologista e protetor solar.

Cuidados com a pele

Compartilhar

Mais conteúdo de interesse