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Marido de Bella Falconi mostra como doença mudou seu corpo e alerta sobre sintomas

Publicado 4 Jan 2019 – 09:31 AM EST | Atualizado 4 Jan 2019 – 09:33 AM EST
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O empresário Ricardo Maguila, marido de Bella Falconi, impressionou a todos nos últimos dias com relatos bastante reveladores sobre a doença responsável pela atual mudança de sua fisionomia e como negligências cometidas por ele próprio ajudaram a agravar o quadro.

Em longos desabafos e alertas postados no Instagram, ele busca conscientizar outros sobre sua condição de saúde e a importância de encará-la de frente, jamais ignorando os sinais.

Conforme sua esposa revelou dias atrás, Maguila esteve internado devido à forte crise e até a festa de Réveillon da família foi cancelada para que ele pudesse se recuperar.

Doença do marido de Bella Falconi

O Instagram foi o canal escolhido por Maguila para contar sobre a doença intestinal inflamatória (DII) com a qual lida há seis anos.

Segundo informações do site do hospital 9 de Julho, DII são doenças crônicas que acometem o intestino, como a doença de Crohn, a retocolite ulcerativa e as colites indeterminadas que inflamam os intestinos em diferentes intensidades.

No texto em que relatou sua experiência com a DII, Maguila conta que a doença foi descoberta após uma crise anêmica.

“Estava perdendo sangue do intestino sem me dar conta da gravidade dos fatos. Fiquei muito fraco, anêmico e fui internado por 3 dias. Fiz uma colonoscopia onde mostrou a inflamação no intestino e tratei com alguns anti inflamatórios e fui pra casa poucos dias depois”, escreveu o empresário ao se lembrar da situação que o levou a descobrir a doença.

Desde então, foi aconselhado a fazer o controle da DII por meio de exames periódicos e uso de medicamentos próprios para o quadro.

Volta das crises

Sintomas

Entretanto, no final de 2018, uma nova crise da doença intestinal despontou no organismo de Maguila.

Em passagem pelo Brasil, o empresário, que mora com a família na Flórida (EUA), voltou a sentir sintomas característicos da DII: “Diarreias constantes, pequenos sangramentos e fraqueza”, descreveu.

Além dos sinais descritos por Maguila, também é comum que pacientes com DII manifestem dores abdominais, cansaço e perda de peso repentina - sintoma bastante perceptível na fisionomia do empresário, conhecido por seu perfil atlético.

Erros cometidos por Maguila

O que Maguila também contou em seu relato sobre a DII foi que a segunda crise pela qual passou aqui no Brasil está relacionada com negligências do próprio empresário em relação à sua saúde.

Isso porque o marido de Bella Falconi ignorou alguns sintomas que teve nos últimos anos, tratando-os como episódios isolados e não os relacionando à doença. E, principalmente, deixou de seguir as recomendações dos médicos dadas após o diagnóstico da DII.

Hemorroida

Segundo Maguila, além da DII, o empresário também sofre com hemorroidas e quando verificava sangramentos ou desarranjos intestinais em seu corpo tinha o hábito de "por a culpa" nelas, e não na doença intestinal inflamatória.

Entretanto, a hemorroida caracteriza-se pelo incômodo, dor e coceira na região anal, além de sangramento e, em alguns casos, vazamento de fezes e muco. "Além do constrangimento, o paciente com hemorroida está quase sempre incomodado porque tem a sensação que há algo errado o tempo todo", afirma o cirurgião Silvio Gabor.

“Paguei o preço e entrei numa crise aguda. Vivi dias terríveis, nunca senti tanta dor na minha vida e nunca senti tanto medo de perder meu intestino. Na doença autoimune, o seu corpo ataca ele mesmo e isso desencadeia numa série de processos, podendo comprometer sua saúde por completo. Eu senti na pele o valor da saúde", desabafou Maguila.

Colonoscopia e remédios: tratamento negligenciado

Atualmente, um dos meios de se tratar a DII é com a administração de medicamentos que ajudam a reduzir a inflamação intestinal.

O uso dos remédios varia de caso a caso, sendo que alguns são usados para situações em que os sintomas se mostram mais intensos, enquanto outros podem pedir uso indeterminado a fim de evitar que a doença volte.

Maguila contou que passou a diminui por conta própria a dosagem do remédio prescrito por seus médicos por acreditar que estava no período de remissão da doença. “Eu fui negligente comigo mesmo.”

Outro ponto negligenciado pelo empresário e relatado por ele diz respeito aos exames de controle.

“Passei 3 anos sem fazer colonoscopia de controle (a cada 6 meses é o indicado pra quem tem alguma doença inflamatória intestinal). Tive vários sangramentos neste período, vários desarranjos intestinais mas fui levando pra frente como se tivesse a saúde 100%.”

Alerta de Maguila

Após o susto que o fez ficar nove dias internado, Maguila segue bem e já está de volta para casa.

E da experiência que passou, o empresário espera que seu exemplo possa ajudar outras pessoas para que os mesmo erros cometidos por ele não se repitam.

Por isso, ele incentiva, por exemplo, que exames preventivos - como a colonoscopia para quem tem a DII - sejam sempre feitos, especialmente por homens, grupo populacional que ainda sente algum tipo de preconceito com o exame.

“Eu confesso que eu morria de medo de fazer outra colonoscopia e achar algo mais grave. Meu medo era esse mas foi a pior escolha que fiz na vida e estou aqui pagando pelo erro. Fazer uma colonoscopia não é vergonha alguma ou vai deixar você ser mais ou menos homem. E um procedimento do qual você tem q fazer uma preparação tomando laxativos e depois faz o procedimento anestesiado. Isso pode salvar sua vida um dia. Mais uma vez, não seja negligente com sua saúde.”

É valido lembrar que colonoscopia é necessária em todas as pessoas acima de 50 anos, em indivíduos de grupo de risco acima de 40 anos, ou sempre que o médico solicitar. Cabe também ao profissional definir a frequência para fazer o exame em cada caso.

"Uma pessoa pode ter, por exemplo, doença intestinal inflamatória ou ter antecedentes importantes de pólipos e câncer. Isso vai tornar a necessidade do exame mais precoce e mais frequente. Somente um especialista sabe isso", explica coloproctologista Fábio Guilherme Campos, presidente da Sociedade Brasileira de Coloproctologia.

Quanto ao preconceito ao exame, o médico lembra: "Muitas pessoas acham que é desconfortável e também por ferir a masculinidade. Ambos os conceitos são errados."

Doenças gastrointestinais

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