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Mãe de Nicolas Prattes revela câncer e como emoções o influenciaram: há relação?

Publicado 6 Dez 2018 – 03:47 PM EST | Atualizado 6 Dez 2018 – 03:47 PM EST
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O Dezembro Laranja é uma campanha de prevenção contra o câncer de pele durante todo o verão. Para apoiar a causa, a mãe de Nicolas Prattes, Gisele Prattes, fez de sua história um alerta à doença.

A atriz contou que tem câncer de pele desde os 28 anos de idade e que já passou por três cirurgias. Mas além de falar sobre os perigos da exposição exagerada ao sol e pedir para que as pessoas usem protetor, ela também fez uma reflexão sobre problemas emocionais e o câncer.

Relato de mãe de Nicolas Prattes sobre o câncer

No texto em que fala sobre o câncer de pele no Instagram, Gisele deixou um pouco a medicina ocidental de lado e fez uma reflexão da doença do ponto de vista espiritual.

"Usar protetor solar, se prevenir, é muito básico e fundamental! Mas, hoje eu queria escrever sobre o significado dessa doença pela medicina chinesa, ou até mesmo para os que acreditam, pela visão espiritual", escreveu a atriz.

De acordo com Gisele, alguns problemas emocionais mal resolvidos e mágoas acumuladas acabaram concretizando o câncer em sua vida.

Câncer e emoções: há relação?

O assunto é amplamente estudado e existem correntes fora da medicina ocidental tradicional que acreditam que as emoções podem estar por trás de uma neoplasia.

Mas de acordo com a psicóloga Christina Haas Tarabay, do Departamento de Psico-Oncologia do A.C.Camargo Cancer Center, não há evidências que doenças emocionais causem alterações nas células e gerem um câncer dentro da medicina ocidental.

"O câncer é uma doença multifatorial, por isso, é muito difícil identificar uma causa específica. Alguns fatores aumentam o risco de uma pessoa desenvolver a doença, como tabagismo, alcoolismo, exposição ao sol sem protetor solar... Mas até o momento não podemos afirmar que existe uma ligação com o emocional".

Existem vários pesquisas científicas que estudam as relações de doenças emocionais com o câncer. Uma delas, feita por um grupo de cientistas do University College de Londres, da Universidade de Edimburgo e de Sydney e divulgada em 2016 no British Medical Journal (BMJ), apontou que a ansiedade, por exemplo, pode alterar o nível de estresse, fazendo com que produções elevadas ou inferiores de alguns hormônios alteram a reparação celular e diminuem a defesa contra o câncer.

No entanto, ainda é cedo para afirmar que de fato existe essa relação. São necessários mais estudos para comprová-la.

Christina explica ainda que fatores psicológicos são fundamentais para o enfrentamento da doença. Segundo a psicóloga, o estado emocional de um paciente pode ajuda ou atrapalhar no tratamento. Por exemplo, se ele for ansioso, isso pode acarretar distúrbios do sono ou até mesmo um pânico que o impeça de tomar a medicação.

Lição que o câncer trouxe para Gisele

Apesar de os problemas emocionais não serem uma causa do câncer, não é por isso que não devemos enfrentá-los e até mesmo superá-los, de uma forma ou de outra.

Foi através do câncer que Gisele conseguiu superar seus maiores conflitos psicológicos e a aprender uma importante lição: cuidar de si mesma e reconhecer seu valor.

"Se defenda! Se proteja! Ninguém é perfeito e nem será! Mas, você tem a obrigação de se cuidar! Tem gente que ama você, que quer ver você bem. Você!! Cuide de você, antes de cuidar do outro! Eu me curei! Eu me libertei! E não canso de usar filtro solar. Hoje, eu tenho um certo orgulho das 3 cicatrizes que carrego no peito! Elas me lembram o tempo todo, se cuide! Você é muito valiosa!", finalizou a atriz.

Famosos com câncer de pele

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