O que é o problema de saúde que afastou Fogaça da Semifinal do "MasterChef"?
Quem assiste ao “MasterChef Profissionais” teve uma surpresa recentemente. Em meio ao episódio que formava a final do programa, o chef Henrique Fogaça “sumiu”, sendo substituído pelo também chef Rodrigo Oliveira.
Ao explicar a prova pela qual os participantes teriam de passar, a apresentadora Ana Paula Padrão esclareceu a ausência do chef, afirmando que, durante um intervalo para reorganizar a cozinha, Fogaça foi embora por motivos de saúde.
“O chef Fogaça passou mal, uma cólica renal muito forte. Ele foi embora para procurar ajuda”, explicou a apresentadora. Na internet, os fãs de Fogaça reclamaram, mas, assim como Ana Paula também disse, às vezes a dor é tão forte que não dá para deixar o hospital para depois.
Cólica renal: por que acontece?
Esse tipo de dor – que se manifesta principalmente na região lombar e também pode se espalhar pela região abdominal – normalmente é causada por cálculos renais, popularmente conhecidos como pedras nos rins.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), estima-se que de 5% a 12% das pessoas sofram da doença, sendo os homens entre os 20 e os 40 anos os mais afetados por ela. Mas, afinal, o que leva os cálculos a se formarem?
Apesar de líquida, a urina possui diversos sais minerais em sua composição. Quando não há água suficiente para dissolvê-los ou quando eles se apresentam em excesso no organismo, esses componentes acabam cristalizando, formando as tais “pedras”.
A dor, por sua vez, é causada porque, quando esses cálculos migram para outras partes do aparelho urinário, podem obstruir canais e então gerar a dor aguda – frequentemente caracterizada como parecida com a dor do parto.
Tratamento e prevenção
Além da forte dor, os cálculos renais também podem facilitar o desenvolvimento de doenças crônicas – como hipertensão, diabetes, insuficiência renal e síndrome metabólica –, então é importante investigar.
Na presença da cólica renal ou outros sintomas característicos do problema, como sangue na urina, o nefrologista Daniel Rinaldi dos Santos recomenda buscar um médico imediatamente, assim como fez Fogaça durante a crise.
Segundo o médico, o paciente será então submetido a uma série de exames de imagem, sangue e urina. “Esses métodos oferecem informações importantes sobre o tamanho e localização das pedras e as alterações do metabolismo responsáveis pela sua formação”, esclarece ele.
Depois disso, o tratamento para as pedras pode incluir uso de medicamentos que ajudam a expelir a pedra naturalmente ou até procedimentos médicos para reduzir o tamanho dos cristais, facilitando a passagem delas pela uretra.
Os cuidados, porém, não param por aí – e as recomendações são tanto para quem já teve o problema quanto para quem quer preveni-lo. Após o diagnóstico, é recomendado que o paciente pratique atividades físicas regularmente e mude a alimentação, tomando mais líquidos, reduzindo tanto o consumo de sal quanto o excesso de carne vermelha e gordura.
A recomendação geral para a ingestão de água é a de tomar cerca de 30 mililitros a cada quilo do peso corporal por dia, mas é importante lembrar que, no verão, deve-se dar ainda mais atenção a esse hábito.
De acordo com a SBN, nas épocas de temperaturas mais quentes a incidência da doença aumenta em 20%, isso porque as pessoas perdem mais líquido pela transpiração, e acabam urinando menos. Quando a ingestão de água nesses períodos não compensar a perda de líquido pelo organismo, as pedras podem se formar.