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Tirar selfies foi o que fez famosa descobrir que estava sofrendo de depressão profunda

Publicado 21 Nov 2018 – 11:52 AM EST | Atualizado 21 Nov 2018 – 11:52 AM EST
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Descobrir que tem depressão nem sempre é uma tarefa fácil. Não só pela aceitação da doença, mas também por saber quais são os sinais que o distúrbio apresenta no corpo.

Para a empresária Regina Lazzarotto, a ex-VJ Cuca da MTV, a saída para entender o que estava acontecendo com ela foi a partir de um recurso bem diferente – e útil para o momento pelo qual ela passava.

Como Regina Lazzarotto descobriu depressão

Há cerca de três anos, Regina descobriu que estava com depressão. A presença da doença em sua vida aconteceu depois que a ex-VJ passou a perceber que algo estava lhe acontecendo – principalmente quando se olhava no espelho.

“Me sentia estranha em minha própria vida. Como se eu tivesse esvaziado, era um olhar sem vida”, disse em entrevista ao programa “Bem Estar”, da Rede Globo.

Foi então que ao notar mudanças em si a empresária passou a tirar selfies com o celular. O resultado foram fotos que mostraram uma pessoa diferente da que ela conhecia.

“Fiquei muito impressionada com o que vi e o que eu não vi. Estava em um estado de estafa absoluta, cansaço muito grande, físico, mental e emocional. Era muito difícil existir.”

Sintomas da depressão

De acordo o psiquiatra da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) Antônio Geraldo da Silva, os primeiros sintomas da depressão são silenciosos e discretos.

Entretanto, com o passar do tempo, os episódios se intensificam, assim como os sinais. Confira os principais:

  • Tristeza
  • Falta de prazer
  • Desesperança
  • Diminuição da libido
  • Apatia e cansaço
  • Falta de vontade
  • Incapacidade de trabalhar
  • Dores que não respondem a tratamentos
  • Alterações do sono (sonolência excessiva ou dificuldade para dormir)
  • Alterações do apetite (comer pouco ou demais)
  • Falta de concentração
  • Perda de memória
  • Ansiedade
  • Delírio

Estágios da depressão

Saber qual estágio da depressão uma pessoa se encontra é importante para que o tratamento adequado seja aplicado o quanto antes e, assim, a doença não se agrave.

Leve

De acordo com a psicóloga Tatiane Paula Souza, especialista em psicopatologia e dependência química da Doctoralia, quem sofre de depressão leve é um exemplo de que a doença não precisa cumprir o estereótipo de que todo depressivo passa o dia na cama.

Quem está nesse estágio da depressão costuma ser considerado uma pessoa chata, mal-humorada e triste por quem está ao seu redor. Mas, ainda assim, segue com suas atividades cotidianas sem problema.

"Por ser uma forma menos intensa de depressão, o indivíduo deixa de procurar ajuda e só o faz em caso de progressão dos sintomas, o que agrava ainda mais o quadro", ressalta a especialista, que complementa a busca de um profissional ainda nas primeiras manifestações da doença.

Moderada

Na fase moderada da depressão, a mudança das ações de quem está com a doença é mais perceptível. Ela tem queda no rendimento profissional, prejuízo nos relacionamentos e a sensação de um gasto muito maior do que pode suportar o seu corpo.

"Este período é marcado por uma sobrecarga que vai cansando o depressivo pouco a pouco até que fica o estágio de inércia, ou seja, quando não há nenhuma estratégia de enfrentamento para reagir", alerta Tatiane.

Grave

No último estágio da depressão, dita grave, características marcantes são o descontrole, o isolamento e prejuízo de vínculos afetivos, familiares e profissionais.

"Por mais que o indivíduo pense em esconder como se sente, ele não consegue pois essa fase abrange um importante comprometimento dos padrões de vida. Sem tratamento efetivo, pode haver risco de suicídio", explica a psicóloga.

Tratamento para depressão

Após da doença ser diagnosticada, o recomendado é o tratamento com psicoterapia e o uso de antidepressivos.

"Diferente do que grande parte das pessoas pensam, os medicamentos antidepressivos não viciam. Alguns realmente acarretam efeitos colaterais, como insônia ou sonolência, mas mesmo assim são a melhor alternativa para amenizar o problema", explica da Silva.

Nos últimos três anos, por orientação dos médicos Regina vem seguindo com sessões de terapia, meditação, diminuiu o ritmo de trabalho e medicamentos para lhe ajudar a superar a doença. E está dando resultado.

"Quando o remédio começou a fazer efeito foi um alívio gigantesco. Falei para mim mesma e repito 'se eu precisar tomar pelo resto da vida vou tomar porque não vou voltar para aquele lugar de jeito nenhum'. Hoje olho para o futuro.”

Ansiedade e depressão

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